A chef Janaína Rueda decidirá o que 1,8 milhão de alunos da rede estadual de ensino vão comer. A convite de Renato Nalini, secretário de Educação, ela criará 20 novas receitas com ingredientes saudáveis e ensinará o modo de preparo para as mais de 2 mil merendeiras. “Quanto menos processados forem os alimentos, mais ricos em nutrientes eles serão”, diz a chef, que não será remunerada pelo serviço. Entre os novos pratos – todos inspirados em receitas que a chef, ex-aluna de escola pública, comia na infância – estão: estrogonofe, carne de panela e cuscuz de frango. Também haverá opções vegetarianas, como arroz com lentilha. A mudança nos refeitórios deve acontecer já no segundo semestre deste ano.
Para criar as receitas, voluntários se reúnem todas as semanas em uma espécie de laboratório culinário e colocam as mãos na massa, sob supervisão da Janaína. Os testes acontecem na cozinha improvisada de um Clube da Comunidade (CDC), na Vila Mariana.
A medida foi anunciada após uma série de protestos de alunos contra a fraude da merenda – esquema de desvio de recursos da alimentação, que é investigado pelo Ministério Público. Eles reivindicavam a distribuição da merenda escolar fresca (antes, os alunos costumavam receber a chamada “merenda seca”, composta por bolacha, suco de caixinha e barra de cereal). Para 2018, o projeto terá como alvo as escolas do interior de São Paulo.
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