Jejum intermitente funciona para perda de peso?
Dieta pode ser benéfica quando feita de maneira correta. Entenda
Amado por uns, odiado por outros, o ato de jejuar planejadamente – chamado de jejum intermitente – divide opiniões. A ciência, entretanto, possui estudos para apontar o que dá certo nisso (ou não). Hoje, a CLAUDIA veio te explicar do que isso se trata e se realmente vale a pena.
O jejum intermitente é uma estratégia alimentar onde há uma alternância entre refeições e não consumo de alimentos, de acordo com a nutricionista Sabrina Theil. Ao entrar em estado de jejum prolongado, os níveis de insulina sofrem uma queda e o corpo passa a utilizar estoques de gordura como fonte de energia. “Nesse momento, o organismo entra em estado de cetose, transformando a gordura em corpos cetônicos para produção de energia.”
Funciona para perda de peso?
Ele pode auxiliar a perder peso, segundo a especialista, pois é comum que a redução do consumo aconteça, já que há menos tempo para comer, e por fazer o corpo gastar seu estoque de gordura. Existem outras dietas, no entanto, que geram resultados semelhantes sem que seja preciso abrir mão da alimentação por tanto tempo.
Mais importante do que o jejum, é manter uma alimentação equilibrada, com macro e micronutrientes suficientes para o funcionamento pleno do seu organismo, como lembra Sabrina: “Tão sério quanto a escolha do tipo de protocolo, é o que será ingerido no período alimentado. Nada adianta ficar 16 horas em jejum e depois atacar um monte de junk food.”
Jejum intermitente reduz massa magra?
Ao fazer o jejum intermitente de forma adequada, há a liberação do hormônio de crescimento (GH) e queima de gordura sem diminuir a massa magra do corpo, pontua a nutricionista. Não comer adequadamente quando está fora das janelas, nesse sentido, gera impactos negativos a sua saúde.
Tenha acompanhamento de um profissional
“Ele deve ser feito sob a supervisão de um nutricionista, pois, quando feito de forma errada, está relacionado principalmente a sintomas de hipoglicemia, como tontura, fraqueza, vista turva, cansaço ou até episódios de desmaio”, diz a especialista.
Contraindicações
O jejum intermitente não deve ser feito por gestantes, crianças, lactantes, idosos, além de pessoas com doença crônica que utilizam medicações de uso contínuo. “Além disso, o JI pode agravar os quadros de compulsão alimentar relacionados principalmente à ansiedade como forma de compensar os períodos de jejum.” Caso faça parte de algum desses grupos e queira melhorar a sua alimentação, pode ir a um nutricionista para encontrar o melhor caminho.
Protocolos
- Método 16/8; 12/12 e 20/04: o primeiro tem uma janela de alimentação de 8 horas; o segundo tem uma de 12 e o último tem uma de 4.
- A dieta 5:2: durante dois dias da semana, a pessoa tem restrição na quantidade de calorias consumidas.
- Método Coma-Pare-Coma: a pessoa faz jejum completo por um ou dois dias da semana.