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Crianças que amam dinossauros são mais inteligentes, diz estudo

Pesquisa afirma que esse interesse é benéfico por melhorar a atenção e ampliar as habilidades de pensamento

Por Gabriela Maraccini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 fev 2020, 10h45 - Publicado em 13 mar 2019, 12h30

Os pais de crianças que gostam de brincar com dinossauros e se interessam por esse animal pré-histórico podem se animar! Um estudo realizado pelas universidades de Indiana e Wisconsin, ambas nos Estados Unidos, afirma que esse interesse é benéfico para o desenvolvimento das crianças, por “elevar a perseverança, melhorar a atenção e ampliar as habilidades de pensamento complexo assim como processar informações”.

Esse curioso fato acontece devido a um fenômeno chamado por psicólogos de “interesses intensos”, que são, basicamente, interesses bastante específicos que aguçam a curiosidade na infância, fazendo com que a criança busque mais informações sobre algo. Segundo a pesquisa, esse fenômeno é bastante comum em crianças entre os 2 e 6 anos de idade.

A brincadeira estimula o cérebro, diz pesquisa (Tanya Little/Getty Images)

Duas capacidades são desenvolvidas durante essa fase da criança: a linguística e a compreensão. A pesquisa afirma que a forma como as crianças buscam informações sobre seus interesses ajudará a, futuramente, desenvolver estratégias para resolver dilemas e situações complicadas da vida.

UMA QUESTÃO DE ESTÍMULO

A psicóloga Adriana Cabana, do Centro Pediátrico da Lagoa, do Grupo Prontobaby, explicou que isso acontece porque a busca por informações do que é novo para a criança estimula o cérebro. “Tudo aquilo que traz um interesse infantil em crianças pequenas impulsiona a inteligência, faz com que a criança busque mais, aprenda mais. Isso é bom para a memória, para adquirir vocabulário”, ela começa. “O fato das crianças que gostam de dinossauro poderem desenvolver uma inteligência maior está relacionado aos estímulos que isso pode causar e que são extremamente positivos na vida infantil”.

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Mas esse desenvolvimento está restrito a crianças que gostam de dinossauros? A psicopedagoga Nícia Fernandes afirma que não. “Não se trata especificamente de dinossauros, mas sim de brincadeiras no geral que são importantes para criança porque ela consegue transcender realidade e criar um imaginário que contribui para que ela tenha um desenvolvimento mais saudável, uma capacidade de pensar mais desenvolvida, uma maior criatividade”. 

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É claro que todo esses “interesses intensos” não duram para sempre. Eles fazem parte de uma fase da vida da criança. Segundo a pesquisa, em apenas 20% dos casos estudados o interesse durou de seis meses a três anos. “Essa fase vai passar em determinado momento e o legado de busca de interesses vai ficar e agregar na inteligência”, diz Adriana. “Quando a criança entra nessa fase é muito importante que ela seja estimulada”, completa Nícia, explicando que os pais devem incentivar a pesquisa sobre os assuntos que interessam aos seus filhos. 

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INTERESSE OU OBSESSÃO?

Entretanto, ambas as psicólogas alertam para quando esses interesses possam se tornar obsessões da criança, limitando as suas atividades diárias. “Por exemplo, quando a criança deixa de fazer outras coisas que são igualmente importantes, quando ela deixa de frequentar a escola e interagir com os amigos, esse interesse pode estar mascarando algo que a impede de entrar em contato com o mundo real”, explica Adriana.

É quando a obsessão passa o limite do interesse e quando a criança não demonstra outros interesses. Quando a obsessão começa a limitar os interesses da criança, deixa de ser algo saudável”, reitera Nícia. 

Caso contrário, todo o gosto e a paixão de uma criança por um personagem, por animais, programas de TV, livros ou brincadeiras são saudáveis e devem, sim, serem incentivados, pois se trata de um estímulo cerebral.

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