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Quem é Yuriko Koike, primeira governadora mulher da história de Tóquio

Ela venceu as eleições com larga vantagem mesmo sem apoio de seu partido

Por Letícia Paiva
Atualizado em 22 out 2016, 18h38 - Publicado em 1 ago 2016, 13h03
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  • Enfrentando outros 20 candidatos, Yuriko Koike foi eleita, com cerca de 44% dos votos, para assumir o governo da cidade de Tóquio, no Japão. Com o resultado, ela tornou-se a primeira mulher governadora da capital, cargo considerado o de maior relevância no país após o primeiro-ministro. Koike é integrante do Partido Liberal Democrático, mas concorreu como candidata independente, desafiando o próprio partido ao lançar sua candidatura mesmo sem aprovação. Seu principal desafio é preparar a cidade para sediar Jogos Olímpicos de 2020. 

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    Yuriko Koiko tem 64 anos, estudou Sociologia na Universidade do Cairo na década de 1970 e, antes de entrar para a política em 1992, atuou como tradutora de árabe e apresentadora de TV, tornando-se bastante conhecida no Japão. Entre 2003 e 2006, ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente; em 2007, assumiu o Ministério da Defesa, tendo sido a primeira mulher a ocupar o posto, que deixou menos de dois meses depois por conta de escândalos de corrupção em que não provou-se estar envolvida. 

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    Conhecida como “a Hillary Clinton japonesa”, devido ao seu pioneirismo e força políticas, Koike será uma das sete mulheres que ocupam cargos de governadoras nas 47 prefeituras do Japão, país em que o número de parlamentares gira em torno de 10%. Ela recebeu quase 3 milhões de votos do eleitorado. 

    Desde 2011, Tóquio já teve quatro governadores, sendo que dois deles renunciaram por casos de corrupção. Yuriko terá que lidar com barreiras com a organização das Olimpíadas de 2020, que enfrenta escândalos referentes ao orçamento das obras e ao logo do evento, acusado de plágio. 

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    Leia também: Quem é Theresa May, primeira-ministra britânica 

    Sexismo na campanha 

    A liderança de Koike nas pesquisas irritou membros do seu partido, entre eles o ex-governador de Tóquio Shintaro Ishihara, que chegou a afirmar: “Não podemos deixar Tóquio com uma mulher que usa tanta maquiagem”. Seus partidários protestaram contra a afirmação machista e a governadora disse estar acostumada com comentários como esse durante sua atuação política. 

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    Em vez de apoiá-la, o Partido Democrático Liberal optou por endossar a campanha de Hiroya Masuda, que ocupou a prefeitura de Iwate entre 1995 e 2007 e não é membro do partido. Koike não se absteve de concorrer mesmo com as críticas dentro do partido e prometeu, em campanha, implementar políticas para melhorar a condição das mulheres. 

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    A governadora costuma fazer referência à candidata à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e afirmou em campanha, sobre a baixa representatividade feminina na política japonesa: “A fim de quebrar a estagnação qua a sociedade japonesa enfrenta, acredito que o país poderia ter também uma candidata. Hillary utiliza a expressão ‘telhado de vidro’ sobre quebrar essa barreira. No Japão, não é de vidro, é uma placa de aço”. 

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    Leia também: série de CLAUDIA sobre Mulheres na Política 

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