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Delegação feminina brasileira é a maior na história das Paralimpíadas

A competição, que começa nesta terça-feira (24), em Tóquio, terá 96 mulheres representando o Brasil

Por Nathalie Páiva
Atualizado em 22 abr 2024, 14h41 - Publicado em 23 ago 2021, 16h30
Atletas
Comitê tem como meta se manter entre as dez principais potências do planeta na disputa (|Foto: Divulgação/Arte: Karoline Santos/CLAUDIA)
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Depois de vibrar com cada disputa nas Olimpíadas, chegou a hora do mundo se reconectar novamente com a diversidade do esporte por meio dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que começam nesta terça-feira (24), às 8h da manhã, no horário de Brasília. E haja coração, viu? As competições vão acontecer até o dia 5 de setembro.

Mesmo com os obstáculos da pandemia, 40% da delegação brasileira no Japão será composta por mulheres, maior porcentagem da história da disputa. Dos 260 atletas selecionados, 164 são homens e 96 mulheres. De acordo com o Comitê Paralímpico, o Brasil, até então, nunca tinha reunido tantos atletas em jogos no exterior.

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O atletismo é a modalidade com mais competidores do país, com 65 atletas e 19 atletas-guia. Outra categoria que se destaca pela quantidade de esportistas é a natação, que terá 36 brasileiros nas piscinas. 

Para CLAUDIA, a judoca paralímpica Alana Maldonado diz que é uma alegria ver a participação feminina progredindo cada vez mais na competição. “A cada edição nossa atuação vem aumentando, principalmente no Parapan de Lima em 2019, onde tivemos o maior número de mulheres. Estamos crescendo muito, evidenciando nossa força e o quanto somos capazes de alcançar o topo, realizar nossos sonhos e objetivos. Nós, mulheres, estamos sempre mostrando que somos capazes de vencer”, comemora a atleta. 

Alana ainda divide esse momento de preparação para os Jogos. “O judô paralímpico brasileiro tem uma parceria com a cidade japonesa de Hirosaki, onde, desde 2017, fazemos um intercâmbio de 30 dias para treinar. A expectativa era fazer a aclimatação neste município, mas com a pandemia viemos direto para Hanamaki, onde foi feita a adaptação de toda delegação brasileira”, destaca a primeira medalhista de ouro paralímpica no judô brasileiro.

Mas, afinal, como tudo começou?

Em 1948, o neurologista Ludwig Guttmann, pensando nos veteranos que retornaram da Segunda Guerra Mundial com lesão na medula espinhal, decidiu organizar uma competição esportiva com os antigos guerrilheiros. 

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Tudo aconteceu em Stoke Mandeville, na Inglaterra. Depois de quatro anos, atletas da Holanda se juntaram aos jogos e, assim, as competições internacionais, nomeadas hoje de Movimento Paralímpico, tiveram início. 

O Brasil estreou na competição de 1972, que aconteceu na Alemanha, em Heidelberg. A primeira medalha de prata chegou por meio dos atletas Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos da Costa, na categoria Lawn Bowls, que é parecida com a bocha, em 1976, no Canadá.

Até agora, o Brasil conquistou em todas as suas participações das paralimpíadas 301 medalhas, sendo  87 de ouro, 112 de prata e 102 de bronze. 

Modalidades

O Brasil vai competir nas Paralimpíadas de 2020 em 20 das 22 modalidades disputadas na competição. Atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, goalboll, halterofilismo, hipismo, judô, natação, triatlo e vôlei sentado são algumas competições com brasileiros em no páreo. 

Mulheres de destaque na competição

Durante todos esses anos de participação do Brasil nas competições, várias mulheres se destacaram nos Jogos Paralímpicos. Vamos contar um pouco da história de algumas mulheres que estão representando o país, no Japão:

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Alana Maldonado

No judô, Alana é conhecida por conquistar a primeira medalha de ouro do Brasil, em 2018. Natural de Tupã, São Paulo, ela tem baixa visão devido à doença de Staegardt, que descobriu aos 14 anos. 

Líder no ranking mundial da sua categoria de até 70 quilos, em 2016, ela também conquistou a medalha de prata nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

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Edênia Garcia

De Crato, Ceará, Edênia nasceu com atrofia fibular muscular, deficiência que afeta os movimentos de seus membros inferiores. No primeiro momento, a natação servia apenas como uma fisioterapia. No entanto,  com o tempo e incentivo de Francisco Avelino, que competiu nos jogos de Sydney, em 2000, o esporte virou a sua profissão. 

A atleta é tetracampeã mundial nos 50 metros de costas e pentacampeã parapan-americana. Além disso, a brasileira coleciona três medalhas paralímpicas, sendo  duas de prata e uma de bronze. 

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Adria de Jesus

A levantadora e atacante Adria de Jesus da Silva sofreu um acidente de moto em 1999. Na ocasião, teve que amputar a perna esquerda em uma altura abaixo do joelho. Ela começou a jogar vôlei sentado em 2005 após o incentivo de um professor. 

No ano seguinte, Adria já começou a competir na seleção. Em sua carreira, ela já conquistou medalhas de prata nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e prata nos jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.

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Jennyfer Marques 

De Santos, litoral de São Paulo, Jennyfer descobriu com um ano de idade que tinha raquitismo hipofosfatêmico, que causa sintomas como dores ósseas, fraturas e anormalidades do crescimento. Com os ossos enfraquecidos por conta da doença, suas pernas arquearam. 

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Motivada pela vizinha que praticava tênis de mesa, ela começou a investir no esporte em 2009. Desde então, Jennyfer passou a colecionar grandes vitórias e medalhas, como a de prata nos Jogos Paranan-Americanos de Lima, em 2019; o bronze nos Jogos Paralímpicos Rio, em 2016; prata no Parapan-Americanos Toronto, em 2015, e o bronze no Mundial da China, em 2014. 

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Evani Soares

Pernambucana, de Garanhus, Evani teve paralisia cerebral por falta de oxigênio na hora do parto. Aos 20 anos, no primeiro semestre do curso de publicidade, ela descobriu a bocha em um projeto da universidade. De lá pra cá, a atleta consolidou cada vez mais sua carreira no esporte, garantindo inclusive uma medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. 

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