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Mulheres compartilham seus casos de assédio sexual no transporte

Com as hashtags #MeuMotoristaAbusador e #MeuMotoristaAssediador, assunto é discutido nas redes sociais

Por Camila Bahia Braga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 ago 2017, 12h47
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    Depois de ter sofrido violência sexual por um motorista da Uber (agora desconectado da empresa), a escritora Clara Averbuck transformou a dor em ação: na última segunda-feira (28), com o apoio de outras mulheres, ela lançou as hashtags #MeuMotoristaAssediador e #MeuMotoristaAbusador.

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    A campanha incentiva as mulheres a denunciarem seus casos de abuso no transporte particular e público. Só a partir da exposição e discussão de um tema é possível haver movimentos de mudança.

    Espera-se que as empresas de transporte promovam a conscientização de seus colaboradores sobre a violência contra a mulher. Nas palavras de Clara, que ensinem que “mulher bêbada não tá te convidando”, “não é para dar em cima da passageira”. O mínimo — que tantas vezes não é praticado, colocando a vida e os direitos das mulheres em risco.

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    Clara publicou um vídeo hoje esclarecendo alguns pontos sobre o acontecimento, a definição de estupro, as cobranças sobre o agressor e tudo que tem vivido.

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    As hashtags já foram compartilhadas centenas de vezes, no Facebook, Instagram e Twitter, colocando luz sobre a gravidade do problema.

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    As histórias envolvem mulheres de diferentes idades, classes e lugares.

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    E as denúncias não são exclusivas de apenas uma empresa.

    A atleta Joanna Maranhão usou o Instagram para prestar solidariedade a Clara Averbuck, relembrar o pesadelo dos próprios assédios e como a violência sexual ataca a maior parte das mulheres no Brasil e no mundo.

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    Quando fui abusada aos 9 anos eu calei. Quando entrei na puberdade e vi meu corpo mudando, eu não queria ser reconhecida como mulher, aquilo pra mim é sinal de perigo. Passei a usar roupas largas, tirei brinco, cortei o cabelo. Minha mãe pensou que eu era lésbica. Quando eu andava na rua e as pessoas apontavam "aquilo é uma menina ou um menino?" Eu sentia alívio. A dúvida deles era minha segurança. Mas chega de falar de mim. Eu estou aqui pra falar de Clara. Clara foi estuprada por TRÊS HOMENS quando adolescente. Eu a conheci na gravação de um documentário e ela me confidenciou que após a gravação teve crise de depressão. Eu entendo. O gatilho é foda. Ontem falei com Clara e ela tava numa festa de nossos amigos de SP. Ela bebeu, pegou um uber e foi abusada por ele. A porra do gatilho, p fardo de ser mulher, a eterna insegurança. Minha sensação é de impotência. Clara vai enfrentar tudo mais uma vez. E esse enfrentamento é eterno, então, no caso dela, vai ser em looping. Ela é um furacão, fez de sua dor enfrentamento, é uma escritora foda, uma feminista que ensina, milita, transforma. Eu sou Clara hoje e você também. Seja você mulher ou não. A cultura do estupro existe e a culpa não é da gente, não é do quanto a gente bebeu nem do que a gente veste. A culpa é do abusador. Ponto. E não me venham com mais violência como solução pra um problema sistêmico. O discurso "ah se acontecesse com vc ou alguém de sua família" ACONTECEU. Comigo, com Clara e com uma porrada de mulher enquanto você lê esse post. O feminismo existe pra isso. Ele é necessário. E ele vai transformar o mundo. . #meumotoristaabusador

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