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Homem manda áudio antes de matar ex-mulher: “Amor doentio”

O crime foi o 10º caso de feminicídio registrado no Distrito Federal em 2019

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 08h56 - Publicado em 8 Maio 2019, 11h09

Maciel Luiz Coutinho da Silva, de 41 anos, assassinou sua ex-mulher Jacqueline dos Santos Pereira, 39, na última segunda-feira (6), em Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal. Antes de cometer o feminicídio, o motoboy enviou um áudio para a vítima falando para ela que seu amor era doentio.

“O amor que eu sinto por você é um amor doentio mesmo. Na minha cabeça, todo mundo que se aproxima de você é que te quer”, dizia ele na gravação. Depois de matar a ex-companheira, Maciel suicidou-se. Jacqueline foi encontrada morta por volta das 16h.

Depois de viverem juntos por 25 anos e ter três filhos, o casal se separou há cerca de dois meses. Segundo a polícia, o motivo do feminicídio foi “ciúme”, já que Maciel não aceitava um novo relacionamento da ex-mulher.

Na gravação, o rapaz diz que “tinha medo de perder” Jacqueline e tenta justificar o que dizia sentir por ela. “Tudo o que eu fiz você passar foi por amor”.

Ameaças anteriores

Segundo a polícia, amigos de Jacqueline afirmam que Maciel foi até o local onde ela trabalhava como gari e a ameaçou. No mesmo dia, pela tarde, ele invadiu a casa da ex-mulher e a esfaqueou, pelo menos, nove vezes.

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De acordo com testemunhas, a mulher ainda gritou por socorro. Alguns minutos depois, o rapaz fugiu de moto e os vizinhos encontraram Jacqueline sem vida.

Feminicídio x crime passional

A morte de Jacqueline foi o 10º caso de feminicídio registrado no Distrito Federal em 2019.

“Crime passional”, segundo a advogada especializada em violência doméstica Vanessa Paiva, é uma expressão estimulada por advogados de defesa para reduzir penas de clientes acusados. O termo correto, de acordo com ela, é “feminicídio”.

“O argumento é que o homem acusado, na verdade, teria praticado a agressão ‘por amor’, ‘paixão’, por ter sido traído ou movido por uma emoção impossível de ser controlada. Como assassinatos são julgados por um júri popular, o termo era uma maneira de convencer os jurados”, explica Paiva em entrevista ao Universa, da UOL.

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Ainda de acordo com a advogada, a expressão “crime passional” vem de um Código Civil antigo. Desde 2015, o crime de feminicídio faz parte do Código Penal. Segundo a lei, esse tipo de assassinato acontece quando a vítima é morta de maneira intencional em decorrência de violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação contra a mulher.

Feminicídio é considerado crime hediondo, sem direito à fiança. Enquanto um homicídio doloso tem penas de seis a 20 anos de detenção, o feminicídio aumenta a pena para de 12 a 30 anos.

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