Jovem acusa balada de agressão: “Fingi desmaio para parar de apanhar”
Cinco seguranças teriam espancado Taynara Diniz após uma confusão
Taynara Diniz, 29 anos, acusa seguranças da boate Villa Mix, em São Paulo, de a terem agredido na madrugada do último domingo (5). Ela diz que chegou à balada por volta das 3h da manhã com uma amiga.
A confusão começou quando, sem motivo aparente, um homem teria jogado um copo de bebida no rosto dela, que reagiu. Segundo o relato, ela foi levada até uma sala por seguranças nos fundos da casa noturna. Ela afirma que foi agredida por pelo menos cinco seguranças, que também teriam confiscado o celular para que ela não chamasse a polícia.
“Levei socos na cabeça, nos olhos, nas costas, chutes nas pernas, tive o meu vestido rasgado, além da humilhação que passei. Outras três testemunhas ouviram os meus gritos de desespero e socorro do lado de fora do local, e começaram a bater no portão, pedindo que liberassem a pessoa que estava ali sendo espancada”, disse.
Ainda de acordo com a jovem, o celular só foi devolvido quando a polícia já estava no local. “Menos de 5 minutos depois o celular foi entregue por um faxineiro da casa a um policial, falando que meu celular foi encontrado no lixo”, diz.
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“Eu estava muito nervosa, tremendo, e tentando explicar que tinham me jogado bebida, queria sair dali e um segurança homem me segurando com força. Eu tava me debatendo porque ele estava me machucando e falei: ‘Você está me machucando, eu vou chamar a polícia’. Então, tiraram meu telefone de mim e as seguranças mulheres, todas altas e fortes, me imobilizaram e me jogaram no chão. Recebi muitos socos na cabeça e pelo corpo. Tenho 1,55m e 53 kg, foi muita covardia”, conta ela.
A mulher teria então fingido um desmaio para que as agressões cessassem. “Só pararam de me bater quando eu parei de me debater e fingi um desmaio.”
O caso foi registrado no 27º DP, no Campo Belo, e deve ser transferido para o 96º, na Berrini. Procurado pela reportagem, o Villa Mix afirma que está apurando o ocorrido.
O que diz a Villa Mix
Em nota, a empresa admite que houve uma confusão na casa, mas diz que Taynara “se mostrava descontrolada em razão da discussão que teve com o outro cliente, inclusive teria agredido física e moralmente os colaboradores”.
Diz ainda que está acompanhando a apuração dos fatos e que os profissionais envolvidos foram afastados até o esclarecimento dos fatos. “Por fim, a empresa reitera que repudia qualquer tipo de violência, discriminação, racismo e qualquer tipo de agressão à mulher ou prática oposta à sua finalidade: proporcionar momentos de alegria e descontração.”
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A casa noturna Villa Mix já se envolveu outras vezes em polêmicas. Em 2017, ela foi condenada a pagar R$ 60 mil de indenização a uma funcionária por impedir que ela liberasse a entrada de pessoas negras no local.