Garota de 11 anos é rejeitada pela escola por causa de cabelo com apliques
Ainda que não tenha sido confirmada a expulsão, a família da menina optou por tirá-la da escola, já que o caso a deixou abalada
Com apenas 11 anos, Faith Fennidy, de Louisiana, saiu de sua escola limpando as lágrimas do rosto. A menina acabou se retirando da instituição depois que autoridades da Escola Secundária Christ the King, em Terrytown, se queixaram de seu cabelo.
Pela segunda vez, autoridades da escola católica interviram na aprendizagem da garota, dizendo que seu penteado, composto por tranças curtas, violava a política da escola. “Eles disseram a ela para não voltar”, disse o advogado da família, Inem O’Boyle, ao New York Times.
Segundo o advogado, a menina passou por outro caso parecido no primeiro dia de aula, no dia 9 de agosto. Na época, mais uma vez, foi dito a Faith que seu penteado não se alinhava com as políticas da escola. Em resposta, a família mudou os cabelos da menina, gastando uma “quantia considerável de dinheiro no processo”.
Dessa vez, assim como na primeira, a instituição disse que o cabelo da garota ainda era inaceitável.
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Steven Fennidy, irmão de Faith, se pronunciou nas redes sociais. Ele detalhou o acontecimento e postou um vídeo do momento exato em que a menina juntava seus materiais para se retirar, enquanto chorava. “Como você faz uma política sem nem sequer ter uma discussão? Foi tudo muito perturbador”, desabafou.
“Durante o verão, a escola acrescentou sorrateiramente em uma regra que não são permitidas extensões, apliques ou tecidos… Extensões facilitam a manutenção do cabelo. Elas permitem que minha irmã tenha acesso à piscina sem ter que fazer o cabelo dela toda noite, por exemplo”, explicou Steven. O irmão da menina ainda reitera que Faith já usava o mesmo cabelo há dois anos na escola.
Quando o manual de pais e alunos da escola foi consultado, várias restrições foram encontradas na seção “estilos de cabelo”. Uma delas, particularmente, afirma: “Somente o cabelo natural do aluno é permitido. Extensões, perucas, pelos de qualquer tipo não serão aceitos”. Mesmo assim, na versão do manual de 2016-2017, a regra não é encontrada.
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Em declaração à People, a superintendente RaeNell Billiot Houston disse que todos os pais foram informados da nova política. “No que se refere à aluna em questão, a escola ofereceu à família a oportunidade de cumprir com a política de uniforme e vestuário e a mesma optou por retirar a aluna da escola; Faith não foi suspensa ou expulsa”, disse Houston. “Continuamos comprometidos em ser uma comunidade escolar acolhedora que celebra nossa unidade e diversidade.”
No vídeo de Steven é possível escutar o pai de Faith discutindo com as autoridades da escola: “Olhe para a minha filha. Não há nada de errado com o cabelo dela”. Como resposta, uma mulher fala: “Eu não quero que isso aconteça.”
À People, o irmão da adolescente disse que a família está tomando medidas legais contra a escola. Em entrevista ao site NOLA, a mãe de Faith, Montrelle Fennidy, disse que Faith não estuda mais na escola e que estão à procura de uma nova instituição.
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Segundo o Orlando Sentinel, esse não foi o único caso em que o estudante foi retirado da escola, tendo seu cabelo como motivação do incidente. O que aconteceu com Faith ocorreu alguns dias depois que C.J. Stanley, um menino de 6 anos, foi mandado para casa, pela Academia Cristã de A Book em Apopka, Flórida, no primeiro dia de aula, por usar dreadlocks.
Logo depois da publicação do vídeo, Steven agradeceu, ainda em seu Facebook, pelas visualizações e pela grandiosidade que as pessoas atribuíram ao ocorrido. O irmão de Faith ainda agradeceu pelo suporte e pelas mensagens positivas que tanto ele quanto a adolescente receberam.
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