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A triste história do casal de Rondônia que morreu fugindo de queimada

Eidi e Romildo estão entre as vítimas dos constantes incêndios nas regiões desmatadas da Floresta Amazônica

Por Da Redação
Atualizado em 28 ago 2019, 15h32 - Publicado em 28 ago 2019, 14h16
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  • Em reportagem publicada no dia 27 de agosto, a BBC contou a triste história do casal Eidi Rodrigues de Lima, 36, e Romildo Schmidt, 39. Ambos morreram em decorrência de uma queimada ocorrida em Rondônia, a 350 quilômetros de Porto Velho, no dia 13 de agosto.

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    Eidi e Romildo moravam na região há cerca de três anos. Apesar dos constantes conflitos agrários, o principal medo dos dois eram as queimadas, comuns na região rural de Machadinho D’Oeste, onde pequenos produtores costumam colocar fogo no mato para renovar o pasto. A casa, onde viveram com as três filhas, era de lona e palha, mas telhas e ripas de madeira que poderiam substituir os materiais originais já haviam sido compradas, e uma reforme tornaria o lugar mais seguro.

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    O casal de Machadinho D’Oeste, infelizmente, é somente um dos exemplos trágicos das consequências das constantes queimadas nas regiões rurais do Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), foram registrados, em 2019, 82,2 mil pontos de incêndio no país até terça-feira, 27. O número já é 80% maior que o do ano passado.

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    Vizinhos do casal revelaram à polícia que eles evitavam sair de casa por acreditar que podiam apagar o fogo, caso ele chegasse até ali. Quando o incêndio começou, as filhas estavam fora, e a primeira preocupação dos dois, segundo vizinhos, foi levar para longe as telhas e madeiras que haviam comprado para renovar a casa, com o intutio de preservá-las.

    O casal, no entanto, teria sido surpreendido por um segundo incêndio, com foco em outra região. Os corpos de Eidi e Romildo foram encontrados carbonizados no dia 14 de agosto, a cerca de 100 metros de distância da casa deles. Os dois, que morreram juntos, foram as únicas vítimas fatais do incêncido do dia 13. Acredita-se que eles tenham morrido por inalação de monóxido de carbono, antes de serem atingidos pelo fogo.

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    Os dois incêncidos, que consumiram 43 hectares de vegetação, aconteceram em uma área desmatada da Floresta Amazônica. Sem a presença de bombeiros, que só souberem do ocorrido no dia seguinte, o fogo parou somente depois de consumir toda a mata local. A Polícia Civil de Machadinho D’Oeste está apurando o caso, com o principal objetivo de descobrir a origem do fogo e quantas pessoas incendiaram a região. Os resposáveis podem responder por crime ambiental e homicídio doloso.

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