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Brasil selvagem: 30 milhões de mulheres sofreram violência sexual

Pesquisa inédita do Instituto Patrícia Galvão revela também que 55% já presenciaram encoxadas, beijos na marra e sexo forçado ou com mulher bêbada

Por Patrícia Zaidan Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 dez 2016, 15h31 - Publicado em 12 dez 2016, 12h12
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  • Em 70 cidades, das cinco regiões do Brasil, mil pessoas foram entrevistadas sobre uma das mais angustiantes formas de opressão que um ser humano pode impor a outro: a violência sexual. O resultado confirma o que já sabíamos: o nosso povo é selvagem. Mas a pesquisa choca pela força dos números.

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    A íntegra do levantamento realizado pelo Locomotiva, a pedido do Instituto Patrícia Galvão, será divulgada no fim da tarde de hoje (12/12). Aqui antecipamos alguns dados importantes:

     

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    – 39% das mulheres afirmam já ter sofrido algum tipo de violência sexual. Fazendo uma projeção, isso corresponde a 30 milhões de pessoas. É gente demais enfrentado a dor na carne, algo que deveria ter ficado nos primórdios e na caverna.

     

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    As mulheres e os homens entrevistados consideram como violência sexual as seguintes situações:
    • Praticar algum ato sexual com um homem sob ameaça (96%)
    • Ser forçada a ato sexual com um superior – como o chefe, o professor etc (96%)
    • Ser encoxada ou ter seu corpo tocado sem a sua autorização (94%)
    • Praticar algum ato sexual sem consciência, por estar sob o efeito de álcool ou drogas (93%)
    • Ser forçada ao sexo sem vontade (96%)
    • Ser beijada à força (92%).

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    Espontaneamente, 37% dizem conhecer alguma mulher que já foi vítima de violência sexual. E 55% declaram já ter presenciado ou ficado sabendo de algum caso.

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    ATENÇÃO, adeptos da pornografia de vingança ou pornografia por esporte: vocês estão mal na fita.
    Para 94% das mulheres e 91% dos homens, é considerada violência sexual uma mulher ter fotos ou vídeos íntimos divulgados sem sua autorização.

     

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    Show de hipocrisia
    Nesse cenário truculento, ainda ocorre o descrédito. A mulher que relata o abuso na delegacia, família, direção da universidade ou na roda de amigos não é levada a sério. É o que acreditam 54% dos entrevistados. E 73% têm certeza de que a vítima é sempre julgada. Ou seja, ela conta o que sofreu e ouve uma chuva de condenações, à base de: “Você fez por merecer”; “Quem bebe tem culpa”; “A mulher que usa roupa provocante está pedindo ferro”.

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    O dia seguinte e o aborto
    O Estado precisa saber que a população, em massa, aprova a prática (no SUS e em outros equipamentos de saúde pública) de administrar a pílula do dia seguinte à mulher e à menina estupradas. Na pesquisa, 96% dos entrevistados se declaram a favor do medicamento que impede a gravidez de ir em frente. E 75% defendem o aborto legal. Previsto no Código Penal, muitas vezes ele é negado por médicos que alegam questões morais ou religiosas.

     

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    Hora de rever uma porção de hábitos machistas, mitos e crenças que só aprisionam um lado da história: a mulher.

     

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    A pesquisa completa, intitulada Violência Sexual – Percepções e Comportamentos Sobre Violência Sexual no Brasil, estará disponível na Agência Patrícia Galvão: https://agenciapatriciagalvao.org.br/

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