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Atletas olímpicos criam projetos para ajudar crianças por meio do esporte

Saiba como o esporte transformou a identidade e a vida destas 9 pessoas e quais projetos inspiradores idealizados por elas estão ajudando quem está apenas no começo:

Por Clara Novais
Atualizado em 12 abr 2024, 15h15 - Publicado em 5 ago 2016, 07h00
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  • Mais que promover sucesso e reconhecimento, o esporte transformou a identidade e a vida destes 9 atletas e ex-atletas olímpicos. Descubra o que eles estão fazendo para estimular quem está começando:

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    Leia mais: Essas atletas fugiram da guerra e lutaram contra o preconceito para competir nas Olimpíadas. 

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    Cesar Cielo

    Getty Images
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    Projeto: Instituto Cesar Cielo (2010)

    Esporte: Natação

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    Local: São Paulo e Santa Bárbara d’Oeste (SP)

    Ouro olímpico na natação, conquistado em 2008, em Pequim, Cesar Cielo, 29 anos, se uniu a seus pais, Flávia e Cesar Augusto Cielo, para incentivar e aprimorar a prática desse esporte no país. A ideia é preparar crianças e adolescentes de 6 a 18 anos para participar de competições. Além dos treinos, o instituto oferece recursos para custear inscrições em torneios, transporte, alimentação, hospedagem e uniformes. “Tudo que tenho na vida eu devo à natação. Essa é uma forma de ajudar, dando chance para que outros possam alcançar o sucesso também”, explica o tricampeão mundial.

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    Veja também: Olimpíadas 2016: a porta-bandeira eleita pelos brasileiros é mulher e nordestina. 

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    Ana Moser

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    Projeto: Instituto Esporte Educação (2001)

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    Esporte: Vários

    Local: Todo o país

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    No Brasil, o incentivo ao esporte desde a infância é raro, diferentemente de alguns outros países, em que está entranhado na educação infantil o estímulo à prática de diversas modalidades. É o que Ana Moser, 47 anos, ex-jogadora de vôlei e medalhista olímpica, observou em suas viagens para competir. Por isso, criou um instituto que tem projetos espalhados por dezenas de municípios. Uma das suas ações para ampliar a prática da educação física na rede pública é qualificar professores para o ensino de esportes como vôlei, handebol e ginástica. O instituto já formou mais de 30 mil, atendendo 2,5 milhões de jovens.

    Leia mais: “Na minha primeira prova desmaiei na linha de chegada e me ralei inteira”, diz atleta olímpica​. 

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    Lars e Torben Grael

    Mauricio Melo
    Mauricio Melo ()

    Projeto: Grael (1998)

    Esporte: Vela

    Local: Niterói (RJ)

    Apesar de ser o esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil até o final da década de 1990, a vela é pouco difundida no país. Sendo assim, os velejadores e medalhistas olímpicos Lars e Torben Grael, em parceria com o irmão Axel Grael, criaram o projeto para oferecer oportunidades a jovens de escolas públicas que não costumam ter acesso aos iates clubes. O objetivo é ampliar os horizontes deles. O foco não está no alto rendimento, mas em fazer com que os barcos sirvam de instrumento didático. A partir dos 16 anos, os alunos podem participar das oficinas de iniciação profissionalizante na área náutica.

    Veja também: Olimpíadas: essa atleta do judô sonha em levar o esporte para a periferia​. 

    Iris Tang Sing

    Reprodução/Instagram
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    Projeto: Iris (2014)

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    Esporte: Taekwondo

    Local: Itaboraí, Rio de Janeiro

    Promessa do taekwondo para a Olimpíada Rio 2016, Iris Tang Sing, 25 anos, fez uma parceria com seu treinador, Diego Ribeiro, com o objetivo de transformar sua cidade natal, Itaboraí, no Rio de Janeiro, em uma potência desse esporte. Juntos, eles oferecem aulas gratuitas para crianças e jovens de 6 a 18 anos na mesma academia onde Iris treina desde os 13 anos, construída no quintal da mãe de Diego. No mês passado, pela primeira vez, dois atletas do projeto, um menino de 14 anos e uma menina de 15, participaram do Campeonato Brasileiro de Taekwondo, realizado em Londrina (PR).

    Leia mais: Glenda Kozlowski será a primeira mulher a narrar Jogos Olímpicos na Globo​. 

    Jackie Silva

    Reprodução/Instagram
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    Projeto: Atletas Inteligentes (2014)

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    Esporte: Voleibol

    Local: Duque de Caxias, Rio de Janeiro

    Atuando em uma escola pública de Duque de Caxias, Jackie Silva, 54 anos, que divide com Sandra Pires, sua antiga dupla de vôlei de praia, a primeira medalha olímpica de ouro feminina do Brasil, tem a ambição de preparar novos atletas para a modalidade. Não é só. “Apesar de a região ser próspera, por causa das fábricas, os moradores continuam pobres. Por meio do esporte, quero ampliar a forma de a garotada pensar para que vejam que é possível viver melhor”, conta a ex-atleta. As quadras, os vestiários e até mesmo a biblioteca da instituição de ensino foram reformadas para que os alunos queiram passar mais tempo por lá.

    Veja também: Os obstáculos vencidos pelas atletas para chegar à Rio 2016.

    Tiago Camilo

    Reprodução/Instagram
    Reprodução/Instagram ()

    Projeto: Instituto Tiago Camilo (2012)

    Esporte: Judô

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    Local: São Paulo

    Prestes a participar da sua quarta Olimpíada, o judoca Tiago Camilo, 34 anos, é o idealizador da ONG, que ensina a arte do judô a crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Para isso, o próprio medalhista olímpico desenvolveu um método exclusivo de aprendizagem, em parceria com o professor Raphael Silva. Ele fundou o projeto como forma de retribuir as oportunidades que teve em sua vida, fazendo com que jovens das comunidades de Paraisópolis e do Parque Bristol, em São Paulo, também possam evoluir praticando o esporte. Quando volta vitorioso de uma competição, Tiago leva suas medalhas aos alunos como forma de inspirá-los.

    Leia mais: Atletas invisíveis: por que as mulheres não são reconhecidas no esporte?

    Magic Paula

    Flávia Montenegro
    Flávia Montenegro ()

    Projeto: Instituto Passe de Mágica (2004)

    Esporte: Basquete

    Local: Estado de São Paulo

    Disciplina e perseverança são alguns dos valores que a ex-jogadora de basquete Paula Gonçalves, 54 anos, famosa pelo apelido Magic Paula, aprendeu na vida de atleta. Longe do dia a dia das quadras, ela entendeu que ensinar tais princípios a crianças e jovens carentes poderia ajudar a diminuir a desigualdade social no país. Assim surgiu o Instituto Passe de Mágica, que atende mais de 780 alunos em sete núcleos no estado de São Paulo, sempre em áreas de grande vulnerabilidade social. O basquete para adolescentes é o chamariz, mas o programa também trabalha a iniciação socioesportiva por meio de brincadeiras e outras modalidades, como futebol e skate.

    Vanderlei Cordeiro de Lima

    AFP
    AFP ()

    Projeto: Instituto Vanderlei Cordeiro de Lima (2008)

    Esporte: Atletismo

    Local: Campinas, São Paulo

    No início de sua carreira, Vanderlei Cordeiro de Lima, 46 anos, bronze na maratona de Atenas, nunca teve uma boa infraestrutura para treinos. Seu talento se revelou no trajeto para a escola, que ele fazia correndo, atravessando plantações de café. Agora, ele quer que crianças e adolescentes de baixa renda com aptidão para o atletismo tenham mais suporte. Em Campinas, fundou o projeto que, além de desenvolver jovens talentos, procura melhorar a qualidade de vida e a autoestima deles. Aos 18 anos, idade-limite de participação, aqueles que apresentam alto rendimento são convidados a continuar, treinando profissionalmente.

    Jorginho

    Marcello Sá Barretto
    Marcello Sá Barretto ()

    Projeto: Instituto Bola Pra Frente (2000)

    Local: Rio de Janeiro

    Esporte: Futebol, vôlei, rugby

    Atual técnico do Vasco da Gama e medalha de prata com a Seleção Brasileira de Futebol na Olimpíadas de Seul em 1988, o ex-jogador Jorginho é presidente do Instituto Bola Pra Frente, fundado por ele no bairro em que morou na infância no Rio de Janeiro, que já atendeu mais de 13 mil pessoas. O objetivo é fazer com que os alunos se tornem agentes transformadores de suas própria realidades, ao aprenderem que o mundo é muito maior que a área de vulnerabilidade social em que vivem. Para isso, além da prática de diversos esportes, que vão do futebol ao badminton, as crianças e jovens de 6 a 17 anos também aprendem disciplinas como matemática e empreendedorismo.

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