As baratas estão se tornando imunes a inseticidas, diz estudo
O estudo mostrou que as baratas podem desenvolver uma resistência aos compostos químicos
Um estudo da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, afirma que as baratas da espécie Blatella germanica L. (Barata alemã) estão cada vez mais resistentes a vários tipos de inseticidas. Os agentes químicos usuais já não são suficientes para controlar a praga urbana.
O experimento realizado fazia um rodízio de diferentes inseticidas para observar como eles atuavam em áreas infestadas de baratas. O resultado provou que, mesmo quando uma população de baratas é controlada por um primeiro inseticida, as seguintes gerações podem desenvolver resistência cruzada aos compostos químicos e aumentar dentro de meses.
Segundo os cientistas, a situação segue os preceitos da Teoria da Evolução, de Charles Darwin, em que os exemplares mais fracos de uma espécie são eliminados por algum fator e somente os mais fortes e resistentes continuam vivos. Assim, os mais fortes se reproduzem e com o tempo a espécie adquire as novas características mais resistes. Por isso, surgem “superbaratas” muito difíceis de eliminar.
Para Michael Scharf, um dos responsáveis pelo estudo, os resultados são surpreendentes. “Baratas que desenvolvem resistência a múltiplas classes de inseticidas de uma só vez tornarão o controle dessas pragas quase impossível apenas com produtos químicos”, afirmou.
As baratas apresentam um risco real para a saúde dos seres humanos. Elas podem provocar asma e rinite, além de servir de vetor para algumas doenças, como a E. Coli e a Salmonella. Por isso, os estudiosos recomendam o uso de armadilhas mais complexas e melhorias no saneamento básico associadas aos inseticidas para se livrar delas.
“Alguns desses métodos são mais caros do que usar apenas inseticidas, mas se esses inseticidas não vão controlar ou eliminar uma população, você está apenas jogando dinheiro fora. Combinar vários métodos é a maneira mais eficaz de eliminar baratas”, explica Scharf.
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