Essa é apenas a terceira coleção assinada por Alessandro Michele, o novo estilista-queridinho dos fashionistas, mas já conseguimos captar sua essência criativa e cheia de lapsos lúdicos. Ao longo dessas três temporadas, ele conseguiu criar uma identidade própria sem fugir do DNA da Gucci, dando-a a chance de se renovar e ganhar frescor.
De modo quase irônico, Alessandro faz a marca olhar para o futuro com elementos do passado. A inspiração veio da ficção: “La Carte de Tendre”, o mapa de uma terra imaginária do amor, criado pela escritora francesa Madeleine de Scudéry, em 1654, serviu de ponto de partida. Sendo assim, amor platônico, romance e o universo vintage embalaram o desfile. Prova disso são os mocassins clássicos repaginados (alerta peça de it-girl!), os óculos de armação grossa e com estampas e texturas inusitadas e os vestidos e as saias de comprimento mídi e com transparência que foram desfilados. Some tudo isso a um perfume da década de 1970 bastante presente na maioria das peças e voilá, ou, melhor dizendo, é proprio belo.
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