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Regina Duarte: “Dou a cara a tapa mesmo!”

A atriz defende com paixão Esther, sua personagem em 'Sete Vidas', uma educadora homossexual que chega para revolucionar a trama

Por Daniel Vilela
Atualizado em 21 jan 2020, 23h22 - Publicado em 3 Maio 2015, 07h30
Marcello Sá Barreto e Alex Palarea/AgNews (/)
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Não é de hoje que Regina Duarte, por meio de seus personagens, toca em assuntos delicados e discute tabus da sociedade brasileira. Ícone da liberação feminina no fim dos anos 1970, quando protagonizou o seriado Malu Mulher (1979), a atriz entrou em Sete Vidas, na terça, 14, e promete fazer e acontecer em mais um papel surpreendente.

Na trama de Lícia Manzo, a estrela dá vida a uma educadora homossexual, que volta dos Estados Unidos para alegria dos filhos Laila (Maria Eduarda) e Luís (Thiago Rodrigues) e também dos netos. A nora, Branca (Maria Manoela), contudo, não suporta a sogra, o que coloca em risco seu casamento que já andava bastante frio.

Longe das novelas desde o início de Império (2014), na qual viveu a enigmática Maria Joaquina, Regina está toda feliz em retornar, mais uma vez, à televisão que a consagrou.
Mãe de André, Gabriela e João Ricardo, a diva tem quatro netos e curte o casamento com o pecuarista Eduardo Lippincott. Nesta entrevista, ela conta tudo sobre seu novo desafio.

Como você define a Esther, de Sete Vidas?
Ah, ela é solar, livre, tudo o que eu quero ser quando crescer (risos). Assume suas preferências e não se deixa aprisionar em rótulos. É pra cima, corajosa, ousou quebrar uma série de tabus. Deve ter visto Malu Mulher no fim dos anos 1970 e certamente foi contaminada por toda uma onda feminista que correu o mundo (risos). Sem contar que foi viver na Califórnia (EUA) e provavelmente esteve em Woodstock (festival de música e liberdade ocorrido em agosto de 1969). É uma mulher incrível da minha geração!

Considera o papel um desafio por lidar com preconceito?
Essa personagem é um aprendizado para mim. Fiz muita coisa nesses 50 anos de TV, mas isso que está acontecendo agora é novo. Representa a somatória de muitos ingredientes que nunca estiveram juntos antes. A Esther é uma aquisição extraordinária para minha carreira.

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Marcelo Brammer
Marcelo Brammer ()

Na sua opinião, o telespectador pode, eventualmente, rejeitar a Esther como aconteceu com a Estela e a Teresa, no começo de Babilônia?
Ainda não sei como o público está recebendo a Esther. Mas o fato de terem divulgado antes do início das gravações que ela é homossexual provocou um interesse imenso. Fico chocada de perceber o quanto o fato de ela ter vivido um casamento homossexual impressiona. É como se ela fosse uma marciana! Na verdade, Esther é uma pessoa com muitas qualidades, que poderíamos enumerar antes de identificá-la como gay.

As novas gerações estão mais propensas a aceitar a diversidade nas novelas?
Em geral os jovens atualmente, inclusive nas novelas, foram educados para não esconder os sentimentos. A filha da Esther, Laila, por exemplo, de cara, diz a outras pessoas que a mãe é gay e se orgulha disso. Cada um vai interpretar à sua maneira. E essa é a proposta da novela, a de colocar esse tema na mesa para discussão.

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A homossexualidade aparece cada vez mais na telinha, não?
Acredito que é uma proposta de reflexão muito importante.

Você já foi criticada pela forma despojada com que se veste. Como lida com as críticas?
É chato, a gente quer ser elogiada sempre. Mas receber críticas faz parte. E ainda mais hoje, que as pessoas se aproveitam do anonimato da internet para serem sem noção, maldosas e agressivas.

E isso só piora por você ser uma atriz conhecida, não?
Só porque sou uma pessoa pública, alguns acham que têm o direito de falar o que quiserem. Não sei como lutar conta isso. Não há saída… Então, dou a cara a tapa mesmo!

Relembre personagens marcantes da atriz que completou 50 anos de TV 

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