Lady Francisco faleceu na tarde deste sábado (25) ao 84 anos no Rio de Janeiro. De acordo com o hospital, a atriz morreu por “falência de múltiplos órgãos, decorrente de isquemia enteromesentérica (transtorno vascular agudo dos intestinos). Ela estava internada desde o dia 28 de abril na UTI do Hospital Unimed, na Barra da Tijuca, após sofrer uma fratura do fêmur, decorrente de uma queda enquanto passeava com os seus cachorros em uma parque.
Leyde Chuquer Volla Borelli Francisco de Bourbon, ou Lady Francisco como era conhecida, nasceu em Belo Horizonte, no dia 7 de janeiro de 1935. Começou sua carreira em BH mesmo, no rádio e na TV Itacolomi, que se consolidou e marcou presença na televisão, com mais de 20 novelas e no cinema, em 25 filmes. Muito carismática, era reconhecida pelo público pelas suas personagens divertidas.
Revelação artística da Escola Mineira de Artes, Lady estreou na televisão atuando em”Jerônimo, o Herói do Sertão”, novela exibida entre 1972 e 1973, pela TV Tupi. Nesta época, ainda trabalhou no seu primeiro filme, “Uma Varão Entre as Mulheres”, de Victor di Melo, lançado em 1974. No ano seguinte, atou em “As Loucuras de um Sedutor”, de Alcino Diniz; “O Roubo das Calcinhas”, de Sindoval Aguiar e Braz Chediak; e “Com as Calças na Mão”, de Carlos Mossy.
Foi em 1975 também que a atriz estreou na TV Globo, na novela “Cuca Legal”. Em seguida, foi escalada para viver Ninon, uma dançarina seduzida pelo lobisomem, na novela censurada “Roque Santeiro”. Então, participou da produção seguinte, “Pecado Capital”, de Janete Clair, como a apaixonada secretária Rose.
No cinema, em 1977, mostrou seu talento em dois filmes conhecidos: o clássico “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia”, de Hector Babenco, sendo a Lígia; e “O Crime do Zé Bigorna”, de Anselmo Duarte.
Nesse ritmo, a atriz, produtora e diretora encheu o currículo de ótimos trabalhos, como o filme “Os Rapazes das Calçadas”, de Levi Salgado, em que se travestiu de homem.
Entre seus papéis mais conhecidos, ganha destaque a ingênua manicure Gisela na novela “Louco Amor”, de Gilberto Braga, contracenando com José Lewgoy, em 1983. Além do sucesso como a ex-prostituta Yara que acolhe a protagonista Clara (Cláudia Abreu) na novela “Barriga de Aluguel”, de Glória Perez, em 1990.
Nos anos 2000, fez pequenas participações, em novelas como “Duas Caras” (2007-2008), “Chamas da Vida” (2008-2009), “Cheias de Charme” (2012), “Saramandaia” (2013), “Geração Brasil” (2014) e “Totalmente Demais” (2015-2016). Apareceu nas telinhas pela última vez em “Malhação, Vidas Brasileiras” (2018), como Lorraine.