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Lázaro Ramos decidiu responder ao racismo de William Waack

E para isso ele não precisou sequer citar o nome do jornalista.

Por Lucas Castilho
Atualizado em 17 jan 2020, 12h46 - Publicado em 10 nov 2017, 11h55
 (Divulgação/ Raquel Cunha e Zé Paulo Cardeal/TV Globo)
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Racistas não passarão. Lázaro Ramos é um importante agente a favor da igualdade racial: seja pela série dele na Globo, “Mr. Brown”, que discute, entre outras coisas, a presença do negro da TV, seja pelo ativismo dele nas redes sociais e, principalmente, na vida real. Ao lado da esposa, Taís Araújo, não foram poucas as vezes nas quais o ator denunciou o racismo na sociedade.

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Por isso, era de se esperar alguma reação do artista ao vídeo vazado de William Waack. Na gravação, que levou o afastamento do apresentador, o jornalista reclama de uma buzina e diz, em tom jocoso, “É coisa de preto”. Pois, nesta sexta-feira (10), Lázaro usou o Instagram para responder e da melhor maneira possível. Sim, ele poderia ter atacado o indivíduo, mas não precisou.

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Com a ajuda de um texto de Johnatan Oliveira Raimundo, e pegando carona na hashtag #coisadepreto, um dos tópicos mais comentados no Twitter, o ator desconstruiu a fala de Waack e mostrou, de uma vez por todas, o que é “coisa de preto”. “Coisa de preto é a poesia de Cartola. Os dedos a bailar sobre o violão de Paulinho da Viola. Ah, só podia ser preto – Romário, Imperador, Ronaldinho”, publicou.

E, para finalizar, usou as próprias palavras: “Racismo é crime e ponto final”.

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#coisadepreto Trechos do Texto de johnatan Oliveira Raimundo. "Coisa de Preto é a bruxaria contida num conto de Machado de Assis. Um samba escrito pela caneta de Mauro Diniz. Coisa de preto é a poesia de Cartola. Os dedos a bailar sobre o violão de Paulinho da Viola. Ah, só podia ser preto – Romário, Imperador, Ronaldinho. Responder ao racismo com Lamentos em forma de chorinho. Pixinguinha, preto rei, rei dessa coisa escura. Renato Gama autodidata senhor da soltura. Coisa de preto é manter-se grande diante de quem mata. É se precisar ameaçar com canhão pelo fim da chibata. Coisa de preto é viver com alegria. Inventar a matemática, arquitetura, medicina, agricultura e filosofia. Ser parte da primeira civilização. Ser senhor do Blues, do Samba, do Reggae, do Pop, Soul, do Jazz." " é manter amor a Terra diante de um povo que a desdenha pelo céu. Coisa de preta é Jovelina partideira. Milton, Djavan, Tim, Alcione e Candeia. Veja a noite Yurugu, fique atento. É preta a senhora dona do vento. Veja, estejas pronto e ouvindo." Jonathan Oliveira Raymundo E eu completo aqui: é tudo isso e muito mais. E pra vc o que É? E só pra não esquecer: Racismo é crime e ponto final.

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Leia o emocionante texto na íntegra:

“Coisa de Preto é a bruxaria contida num conto de Machado de Assis.
Um samba escrito pela caneta de Mauro Diniz.
Coisa de preto é a poesia de Cartola.
Os dedos a bailar sobre o violão de Paulinho da Viola.
Ah, só podia ser preto – Romário, Imperador, Ronaldinho.
Responder ao racismo com Lamentos em forma de chorinho.
Pixinguinha, preto rei, rei dessa coisa escura.
Renato Gama autodidata senhor da soltura.
Coisa de preto é manter-se grande diante de quem mata.
É se precisar ameaçar com canhão pelo fim da chibata.
Coisa de preto é viver com alegria.
Inventar a matemática, arquitetura, medicina, agricultura e filosofia.
Ser parte da primeira civilização.
Ser senhor do Blues, do Samba, do Reggae, do Pop, Soul, do Jazz.” ” é manter amor a Terra diante de um povo que a desdenha pelo céu.
Coisa de preta é Jovelina partideira.
Milton, Djavan, Tim, Alcione e Candeia.
Veja a noite Yurugu, fique atento.
É preta a senhora dona do vento.
Veja, estejas pronto e ouvindo.” Jonathan Oliveira Raymundo

E eu completo aqui: é tudo isso e muito mais.
E pra vc o que É?

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E só pra não esquecer: Racismo é crime e ponto final”.

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