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Por que Kate Middleton deixou o hospital tão rápido após o parto?

Engana-se quem acredita que isso é privilégio por ser princesa

Por Da Redação
Atualizado em 24 abr 2018, 19h09 - Publicado em 24 abr 2018, 18h46
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  • Kate Middleton deu à luz o terceiro filho na última segunda-feira (23), em Londres. O menino, ainda sem nome divulgado, nasceu às 11h01 por parto normal. Sete horas depois, em frente ao St. Mary’s Hospital, a duquesa de Cambridge apareceu com seu bebê nos braços, usando sapatos de salto alto e cumprimentando a imprensa e o público.

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    A velocidade com que Kate voltou ao palácio chamou a atenção das brasileiras. Entretanto, no Reino Unido, não é preciso ser princesa para realizar o feito. Quando não há complicações no parto, seja aristocrata ou plebeia, a mãe é liberada seis horas após o parto.

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    Os médicos também são coadjuvantes; acionados apenas em casos de emergência, quando intervenções cirúrgicas são realmente necessárias. Já o pré-natal, o parto e o pós-parto das gestações de baixo risco são conduzidos por parteiras, chamadas de midwives.

    Segundo Suzan Correa, brasileira que trabalha no NHS (National Health Service britânico), disse ao Estadão, isso é possível pois “quando o sistema é público e universal, é o bem-estar da mulher está em primeiro lugar”. Além disso, existe ainda a garantia de um serviço de atendimento em casa por um profissional de saúde durante 21 dias.

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    Por aqui, as coisas são diferentes. Uma portaria do Ministério da Saúde diz que o prazo mínimo para liberação após o parto normal sem complicações é de 24 horas. Em caso de cesáreas, o mínimo são 48 horas, mas muitas mulheres acabam ficando por mais tempo no hospital.

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    Parto normal versus cesária

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    Além disso, ainda estamos bem posicionados em um ranking nada positivo. O Brasil liderava a lista dos campeões de cesárias com 43%, seguido do Irã e da República Dominicana, empatados em segundo lugar com 41,9%. Em 2016, nosso índice subiu para 55,6%, mas a República Dominicana assumiu a dianteira, com 56,4%.

    Nas maternidades privadas brasileiras, os números são ainda mais elevados, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): 85% dos nascimentos ocorrem por meio de cirurgia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, essa deveria ser a porcentagem de partos vaginais.

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    “Nas últimas décadas, difundiu-se nas escolas médicas e nas famílias a ideia de que a cesárea é melhor do que o parto normal, o que não traduz a realidade”, o obstetra Luiz Alberto Ferriani, diretor clínico da Maternidade Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP).

    A cirurgia pode trazer complicações para a mãe e o bebê: triplica o risco de morte materna e aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido. Portanto, deve ficar restrita aos casos em que há indicação (sofrimento fetal, descolamento prematuro da placenta ou placenta prévia, bebê na posição sentada, desproporção entre a cabeça da criança e a bacia da mãe e urgências como crise de pressão alta).

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    No entanto, tornou-se comum a cirurgia agendada por conveniência para o médico (que resolve tudo em 50 minutos; não precisa ficar horas acompanhando o trabalho de parto) e para a mãe, que pode escolher a data do nascimento. “Todo o sistema se acomodou”, acrescenta especialista.

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