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Conheça a história de Sarah Ferguson, a Meghan Markle dos anos 1980

Ex-mulher do príncipe Andrew e mãe das princesas Beatrice e Eugenie, a duquesa de York superou os escândalos e hoje se dá bem com a família real.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 09h55 - Publicado em 28 ago 2018, 13h00

Uma mulher com passado afetivo bem público (e zero preocupações com isso), dona de um comportamento mais expansivo que o dos parentes do noivo e que se casa com o “segundo irmão” da geração jovem da família real britânica. Poderia ser uma apresentação bem resumida de Meghan Markle, mulher do príncipe Harry, mas é um resumo muito simplificado de quem foi Sarah Ferguson nos anos 1980-1990.

Que fique claro, porém, que as coincidências acabam por aí. 

A hoje duquesa de York é ex-mulher do príncipe Andrew, o terceiro filho da Rainha Elizabeth II (Charles é o mais velho, Anne a segunda, e depois vêm Andrew e Edward), e mãe das princesas Beatrice e Eugenie. O casamento com o príncipe durou de 1986 a 1996 e, apesar de ter acabado com escândalos de traição por parte dela, hoje todos se dão maravilhosamente bem. Nenhum risco de climão no casamento de Eugenie, no dia 12 de outubro.

“Diana, por que você não é divertida como Sarah?”

Sarah e Andrew meio que se conheciam desde a infância, já que a família dela, embora plebeia, sempre foi muito rica e frequentava os mesmos eventos que os nobres. Mas foi a princesa Diana, amiga de escola de Sarah, que deu um empurrãozinho para os dois se aproximarem em agosto de 1985, durante as corridas de cavalos do badalado Royal Ascot.

Sarah Ferguson e Diana
Sarah e Diana: além de cunhadas, amigas desde a época da escola (Instagram @royalekspertizi/Reprodução)

Diferentemente de Diana, que passava uma imagem virginal durante o noivado e tinha um passado romântico em branco, Sarah tinha ~um passado~ e todos sabiam disso. Antes de conhecer Andrew, tinha namorado publicamente Paddy McNally, empresário milionário da Fórmula 1 22 anos mais velho que ela.

E o jeito dela conquistou Andrew de cara. Foi um romance-relâmpago: eles começaram a namorar durante aquele Royal Ascot, ficaram noivos em 19 de março de 1986 e se casaram em 23 de julho de 1986 mesmo, na Abadia de Westminster.

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Sarah Ferguson - noivado príncipe Andrew
Andrew e Sarah na foto oficial de noivado: ele desenhou a aliança e colocou um rubi entre os diamantes, em homenagem aos cabelos ruivos dela (Pinterest/Reprodução)
Sarah Ferguson - casamento príncipe Andrew
Sarah e Andrew na saída do casamento, realizado na Abadia de Westminster (Pinterest/Reprodução)

A velocidade dos acontecimentos levantou boatos de que ela estaria grávida, obviamente (esse pessoal que inventa histórias sobre a família real é tããão previsível…). Mas Beatrice, a primogênita do casal, nasceu apenas em agosto de 1988, o que calou os fofoqueiros maledicentes.

Todos adoravam Sarah, que passou a ser chamada de duquesa de York, já que Andrew ganhou o título de duque de York após o casamento. Despachadona, sempre gargalhando, exuberante. Um ponto de brilho na família real britânica, até então sempre muito formal e protocolar.

Diana contou ao seu biógrafo, Andrew Morton, que Charles vivia perguntando a ela: “Diana, por que você não é divertida como Sarah?”. Fina, Lady Di não revelou o que costumava responder.

Enquanto tudo estava bem, Sarah era a nora favorita da Rainha Elizabeth II. Um pouco depois do casamento, a duquesa tirou licença de piloto de helicóptero, o que deixou a sogra maravilhada.

Solidão, depressão, traição e divórcio

Só que a alegria não durou tanto tempo quanto se esperava. Depois do nascimento de Eugenie, em março de 1990, Sarah entrou em depressão por causa da ausência de Andrew, que chegava a ficar meses fora de casa por causa de seu trabalho na Marinha.

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Ganhou peso, chegou a 100 kg (ela mede pouco mais que 1,70 m), foi ridicularizada pelos tabloides britânicos, que passaram a chamá-la de “duquesa de Pork” (pork quer dizer porco ou carne de porco em inglês. Sim, era uma gordofobia ridícula).

Em 1992, ela foi descuidada e acabou sendo flagrada traindo Andrew com o multimilionário americano Steve Wyatt. Poucas semanas depois, foi anunciada a separação de Sarah e Andrew.

O divórcio mesmo veio só quatro anos depois, em maio de 1996. Nesse meio-tempo, os dois se acertaram civilizadamente, decidiram por ter guarda compartilhada das meninas e fizeram um acordo financeiro para que ela mantivesse o padrão de vida. O valor nunca foi oficialmente revelado, mas especula-se que ela tenha recebido £ 3 milhões para providenciar uma casa, além de uma mesada de £ 15 mil para prover as necessidades das filhas.

Sarah perdeu o título de “Sua Alteza Real”, mas foi autorizada a manter o de duquesa de York, pelo qual atende até hoje. Suas filhas são princesas de York, a propósito.

Princesa Beatrice, Sarah Ferguson e Princesa Eugenie
Sarah Ferguson entre as filhas, princesa Beatrice (à esq.) e princesa Eugenie (John Parra/Getty Images)

Living la vida loca (e perdendo muito dinheiro)

Os anos seguintes foram uma loucura para Sarah. Muita festa, muitas viagens, muitas dívidas e escândalos na mesma proporção.

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Antes da virada para os anos 2000, foi revelado que ela tinha uma dívida de £ 4 milhões com bancos ingleses. Ao longo do começo do século 21, Sarah participou de programas de TV ~populares demais~ para levantar dinheiro.

Em frente às câmeras, fez as vezes de conselheira de alimentação, de comportamento e até de como viver bem para famílias de baixa renda nas atrações “The Duchess on the Estate” e “The Duchess in Hull”, da ITV.

No começo de 2010, foi flagrada por uma equipe de reportagem vendendo acesso ao príncipe Andrew para um suposto empresário indiano. O preço para ela conseguir um encontro entre os dois: £ 500 mil. Foi filmada recebendo uma mala de dinheiro. Um escândalo sem precedentes na história da família real.

Acuada, naquele mesmo ano ela declarou falência financeira pessoal e começou a se reerguer.

De volta às causas nobres

Querer melhorar a vida é importante. E, para pessoas na posição de Sarah, mostrar isso o mais publicamente possível é indispensável. Assim, ela deu o passo certinho: voltou-se às causas nobres a que se dedicava nos tempos de realeza.

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Se tornou a embaixadora global da Not For Sale, entidade dedicada a combater a escravidão moderna. Voltou a dar atenção à Sarah Ferguson Foundation, que havia fundado em 2006 em Toronto (Canadá). Acumulou cargos de patrona e embaixadora de entidades como a British Heart Foundation, que assumiu no ano passado.

Sarah Ferguson - British Heart Foundation.jpg
Sarah Ferguson no dia em que foi anunciada embaixadora da British Heart Foundation, em setembro de 2017 (Nicky J Sims/Getty Images)

O relacionamento com Andrew sempre foi bom – ele é um cara bem tranquilão, aparentemente – e eles até hoje passam férias juntos para lá e para cá pelo mundo. Só que a família dele levou um tempo para fazer as pazes com Sarah.

Para o casamento de príncipe William e Kate Middleton, em 2011, ela não foi convidada. Alegaram que não teria cabimento ela ir a uma cerimônia do futuro rei britânico, com honras de Estado, “depois do que havia feito”. Já ao casamento de Harry e Meghan Markle, neste ano, ela foi e fez bonito.

Mesmo a princesa Anne, que em 1995 mandou devolver flores que Sarah havia mandado para a ex-cunhada como uma tentativa de reaproximação, foi cordial e sorridente com a duquesa de York antes da cerimônia em Windsor, indicando que já está tudo bem entre todos.

O próximo ato é o casamento de Eugenie. Já estamos ansiosas pelas fotos oficiais!

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