Cameron Diaz: “Ser monogâmica é a parte mais difícil de um relacionamento”
Solteira e de bem com a vida, Cameron Diaz vive uma mulher que descobre que seu namorado é casado e ainda tem amante
“Traição não é preto no branco”. Para Cameron Diaz, cada caso é um caso e entende quem não queira viver na monogamia
Foto: AbacaPress/Grosby Group
Cameron Diaz, 41 anos, nunca se casou, mas não parece nem um pouco preocupada com isso. Dona de um currículo amoroso invejável, que inclui Justin Timberlake, 33, e Jared Leto, 42, linda e em boa forma, ela lançou The Body Book (o livro do corpo, em tradução livre) em janeiro e agora estrela a comédia Mulheres ao Ataque, de Nick Cassavetes, 54. Cameron é Carly, uma advogada bem-sucedida que descobre que o namorado, Mark (Nikolaj Coster-Waldau), é casado com Kate (Leslie Mann) e tem outra amante, Amber (a modelo Kate Upton). Numa divertida entrevista a CONTIGO!, fala de traição e defende menos pressão em relação à monogamia.
Como as mulheres do filme conseguem se aliar?
Muitas vezes a história é contada pela perspectiva de uma mulher traída por um homem com outra mulher que sabe que ele é comprometido. No filme, como a outra não sabia, muda toda a dinâmica entre as mulheres. Por isso quis fazer, não havia a traição de uma mulher para outra.
É capaz de perdoar uma traição?
Traição não é preto e branco. Com o personagem Mark, criamos uma situação que era preta e branca, para o benefício da história e da comédia. Mas na vida real há um espectro, existem muitos cinzas entre o preto e o branco. Como você vai lidar com a traição depende de cada caso.
A personagem Kate confessa que nem depilação faz. Você acha que as mulheres, quando casam, esquecem de se cuidar?
Não tenho ideia. Mulheres com filhos têm dificuldade de arrumar tempo para si mesmas, ponto. A personagem de Leslie Mann não tem filhos, mas tem um marido que exige demais. Muitas vezes, os cuidados com você mesma ficam fora de sua lista de afazeres. E não estou falando nem de depilação, mas de comer direito. Meu objetivo com The Body Book é mostrar às mulheres que é preciso cuidar de si mesma todos os dias, em cada escolha que faz.
Imagino que até adolescentes vão gostar muito do livro?
Não escrevi o livro para vender vídeos de ginástica ou dietas. De verdade, queria apenas compartilhar conhecimento, porque significa muito para mim que cada indivíduo compreenda seu corpo para ter o poder de cuidar bem dele. Quanto mais as pessoas estão felizes e saudáveis, melhor o mundo é.
Sua personagem diz que não acredita em monogamia. Acha que Carly representa uma mudança na sociedade em que a amizade substitui o casamento?
Acredito que ela está um pouco amarga quando faz esse comentário. Mas veja: tenho amigas de vários tipos. Faço coisas diferentes com cada uma. Tudo bem que cada uma não queira fazer todas as milhares de outras coisas que gosto de fazer. Mas a gente entra num relacionamento com a expectativa de que um único homem, ou mulher, sacie todas as nossas necessidades. Aí que a coisa dá errado, quando você espera que uma pessoa seja tudo. Ser monogâmica sexualmente com uma pessoa é a parte mais difícil de manter num relacionamento por um longo tempo. Então você precisa escolher bem. Acho que muitas pessoas estão chegando à conclusão de que, talvez, não queiram fazer sexo só com aquela pessoa!
A solução seria ter vários namorados?
Por que não (risos)? Por que isso seria tão ruim (risos)?