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Atriz de Game of Thrones revela ter sofrido dois aneurismas

"Pedi para os médicos me deixarem morrer", escreveu Emilia Clarke em um longo relato sobre os episódios

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 10h34 - Publicado em 22 mar 2019, 18h02
 (HBO/Divulgação)
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A atriz Emilia Clarke falou pela primeira vez publicamente sobre os dois aneurismas cerebrais que sofreu na época das gravações das primeiras temporadas da aclamada série Game of Thrones. Em um artigo para a The New Yorker, ela contou detalhes de suas cirurgias e de sua recuperação.

No início de 2011, logo após o fim das gravações da primeira temporada da série, Emilia começou a sentir dores muito fortes na cabeça enquanto se exercitava. “Parecia que tinha um elástico apertando meu cérebro”, contou. A atriz tentou ignorar os sintomas, mas a dor ficava cada vez pior e ela passou a sentir enjoos fortes.

A intérprete de Daenerys Targaryen conta que, de alguma maneira, ela sabia que seu cérebro estava danificado. Ela havia sofrido uma hemorragia subaracnóidea (SAH), condição em que um vaso inchado no cérebro se rompe e que, se não for tratado com urgência, pode levar à morte. Ela foi levada de ambulância para o hospital e passou por sua primeira cirurgia. 

Quando acordou, Emilia teve perda de memória, não conseguia lembrar nem de seu nome. Isso causou pânico e muito medo.

“Eu pensava na minha vida e não valia mais a pena viver. Eu sou uma atriz, preciso lembrar das minhas falas. Nos piores momentos pedi para os médicos me deixarem morrer.”

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Com o tempo, sua memória e seu corpo voltaram ao normal e a atriz conseguiu retomar sua vida normalmente até o fim das gravações da terceira temporada de Game of Thrones, em 2013, quando teve que passar por uma segunda cirurgia devido a um crescimento anormal do outro lado do cérebro.

emilia clarke
(Dia Dipasupil/Getty Images)

A recuperação dessa vez foi ainda pior. O primeiro procedimento falhou porque Emilia teve um sangramento excessivo, mas caso não fosse feita uma nova cirurgia, as chances de sobreviver eram muito baixas. Ela passou por um terceiro procedimento muito invasivo e, por isso, pequenos pedaços do seu crânio tiveram que ser substituídos por titânio e ela ficou algum tempo com um dreno na cabeça. Mais uma vez, com o tempo, ela se recuperou e retomou o trabalho.

Hoje, ela diz que sua saúde está 100%. Sua experiência serviu como inspiração para a criação da instituição SameYou, com sócios americanos e britânicos. O objetivo é oferecer tratamento e ajuda para pessoas que têm problemas cerebrais e aneurismas.

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