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Alice Wegmann conta que compulsão alimentar começou com dieta

"Eu tenho uma grande responsabilidade na minha mão e não quero passar esse sofrimento adiante", afirmou

Por Da Redação
Atualizado em 20 jul 2018, 12h12 - Publicado em 20 jul 2018, 11h45

A atriz Alice Wegmann, 22 anos, acaba de brilhar como Maria Ferreira da Silva em Onde Nascem os Fortes, série da Globo que chegou ao fim na segunda-feira (16). Mesmo fazendo sucesso na TV, ela confessa ter tido problemas com a autoimagem por muitos anos.

Em conversa com a jornalista Daiana Garbin, do canal EuVejo no YouTube, focado justamente em discutir questões relacionadas ao corpo e à alimentação, ela disse que sofre de compulsão alimentar. “Começou aos 15, quando eu comecei a fazer dieta. Estava achando que eu não me encaixava nesse universo televisivo”, disse a atriz.

Veja também: Daiana Garbin: “Autocompaixão é ter a coragem de abraçar vulnerabilidades”

Depois de anos praticando ginástica olímpica, ela conquistou seu primeiro papel da TV com essa idade, em 2011, para atuar no papel de Andréia, em Malhação. “Minha relação com comida passou a ser muito difícil, muito perigosa e eu comecei a fazer dieta. Eu me privava muito nos eventos que eu ia com meus amigos e acabava tendo episódios de compulsão [alimentar] quando eu chegava em casa sozinha”, relatou.

Foi só recentemente que Alice decidiu tratar o transtorno, pois demorou a perceber que a forma como ela se via e se relacionava com comida estava errado. “Eu não enxergava isso. Teve uma fase que eu tive bulimia, que não é só vomitar, mas também usar métodos compensátorios. Eu corria muito, descontava muito no esporte.”

Até que a atriz decidiu, no ano passado, procurar ajuda psicológica e ter acompanhamento nutricional para conseguir ter uma vida realmente saudável. “Preciso aprender a comer o que eu quiser e de uma forma equilibrada.” Alice contou que sua vida mudou muito depois de tomar essa consciência e de procurar ajuda, pois não deixa mais de sair com os amigos porque está se sentindo mal com o seu corpo – comportamento que repetiu por muitos anos.

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“A gente já se cobra muito, entende? E tem uma cobrança externa muito grande, é tudo emocional”, afirmou se referindo ao seu trabalho na televisão. Alice disse que percebe que a comida acabou se tornando um refúgio. “Mas nem sempre foi assim, foi a partir da dieta.”

Quando Daiana perguntou sobre a sua motivação para compartilhar essa sua história com outras pessoas, a atriz respondeu que a cantora Preta Gil teve muita influência nisso. Em 2016, Alice publicou uma foto no lançamento da novela A Lei do Amor acompanhada de uma legenda poderosa sobre amor próprio.

“A gente é muito maior do que a gente pensa que é. E isso não é segredo nenhum! A gente só esquece disso às vezes. Hoje eu lembrei. E tô aqui lembrando vocês. Bora se amar um cadin mais. Tá todo mundo no mesmo barco”, dizia em um trecho do texto.

Dias depois, ela se encontrou com Preta, que elogiou muito a sua atitude, o que a fez pensar na importância de se colocar e falar mais sobre o assunto. “Eu tenho uma grande responsabilidade na minha mão e não quero passar esse sofrimento adiante”, afirmou.

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vi um comentário há poucos dias de uma menina querendo saber como eu lidava com insegurança e ansiedade. eis aqui o meu post sobre isso. ser mulher é – desculpem o termo – foda. no momento, tô deitada na cama ainda vestida com o pijama da givenchy que eu peguei emprestado pra usar na festa, e tô me sentindo linda, mas há alguns meses atrás eu tava era desesperada. não porque estava sem o pijama da givenchy (que por sinal ajuda a gente a se sentir maravilhousa, sim), mas porque a minha vida tava uma baguncinha e eu tava me achando a bolacha craquelada do pacote. eu não sei o que é que dá na mulherada pra gente se sentir assim. mas é terrível. e vim aqui fazer um anúncio pras meninas que me pedem ajuda: manas, eu não sou nenhuma psicóloga. não sou nenhuma deusa milagrosa que vai mudar a cabeça de vocês. mas queria dizer uma coisa: a gente é muito maior do que a gente pensa que é. e isso não é segredo nenhum! a gente só esquece disso às vezes. hoje eu lembrei. e tô aqui lembrando vocês. bora se amar um cadin mais. tá todo mundo no mesmo barco. bora remar juntas, com o olho puxado, o batom vermelho, e vestidas da maneira que a gente achar melhor. e, de preferência, ouvindo beyoncé. ✨

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“Mesmo as mulheres mais lindas que você pode imaginar têm dias que não se sentem bem”, comentou Daiana. “Você se sente lindona naquele dia que você se arruma para uma festa e olhe lá.” A jornalista criou o canal como uma forma de expandir o movimento EuVejo, criado por ela, e ampliar o diálogo sobre dificuldades relacionadas ao amor próprio.

Em maio ela participou do CLAUDIA Coaching OX e relatou sua experiência em aceitar o próprio corpo e em lidar com um transtorno alimentar. “Com 12 anos eu tentei passar a não comer. Naquela época eu pesava 10 kg a menos do que eu peso hoje e ainda achava que precisava pesar menos”, lembrou Diana.

A partir da autoaceitação e do tratamento para o transtorno alimentar, Daiana relatou ter encontrado o caminho para a autocompaixão -algo essencial para a busca da felicidade, na opinião dela. “Autocompaixão é ter a coragem de abraçar nossa vulnerabilidade. Precisamos redefinir nossa relação com o sofrimento, com a tristeza, prazer e alegria.”

Assista à conversa de Daiana com Alice:

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