Entre os clientes da paisagista Gigi Botelho, de São Paulo, são muitos os pedidos de quem quer colocar as protagonistas do jardim no banheiro. “As pessoas veem isso em novelas e mostras de decoração e ficam interessadas. No entanto, não é qualquer espécie que se adapta, pois esse ambiente costuma receber menos luz e ser úmido e pouco arejado”, fala a especialista. Indo direto ao ponto, se não houver janela no cômodo, desista da ideia: você só desperdiçará tempo e dinheiro tentando manter as plantas vivas. Caso a abertura esteja garantida, a primeira dica é dispor o vaso próximo dela, em um local banhado pela claridade.
Há algumas espécies, como a miniespada-de-são-jorge, que gostam de meia-sombra, então aceitam ficar no chão. A paisagista Ana Paula Magaldi, também da capital paulista, ensina que, na maioria dos casos, deve-se empregar um substrato 100% orgânico de turfa, material de origem vegetal tão fértil que dispensa até a terra, já que soma todos os nutrientes necessários. Outra recomendação é preferir mudas crescidas, com mais chance de sobreviver, a sementes recém-plantadas. “Vasos de cerâmica são melhores que os de outras matérias-primas”, garante Gigi.
Como manutenção geral, realize mensalmente uma pulverização preventiva contra fungos. “Para combater a umidade excessiva, procure manter os vidros abertos sempre que possível, permitindo a ventilação e a entrada dos raios solares”, orienta Ana Paula. Devido a condições tão adversas, pode acontecer de, mesmo tomando essas precauções, a plantinha não resistir. Àqueles que possuem um banheiro sem muita luz ou abafado, resta a opção de encampar os exemplares artificiais, as chamadas espécies permanentes – não é a mesma coisa, mas já imprime um pouco de verde no espaço.