Oskar Fischinger, pioneiro em efeitos no cinema, ganha homenagem
O artista plástico alemão ganhou uma homenagem multimídia do Google em seu 117º aniversário
Imagem e som sempre andaram lado a lado no cinema – mesmo quando os filmes eram mudos, a música tinha um papel fundamental. Oskar Fischinger, no início do Século XX, já sabia bem disso. Homenageado pelo Google com um incrível Doodle interativo no dia de hoje (22), o animador, cineasta e artista plástico alemão completaria 117 anos.
Fischinger se consagrou por criar animações musicais abstratas muito antes de os computadores entrarem em cena. Pode-se dizer que ele é um pioneiro dos efeitos especiais e até dos videoclipes.
https://www.youtube.com/watch?v=they7m6YePo
A obra de Fischinger é celebrada entre os designers por seu caráter visionário. Sem a ajuda de computação gráfica, ele era capaz de sincronizar com perfeição música e imagem, desenhada a mão ou fotografada, como explica o líder criativo do Google Leon Hong.
O Doodle interativo
O Doodle criado pelo Google para Oskar Fischinger é uma homenagem multimídia grandiosa e interativa – combinando com a complexidade da obra do artista. Ao clicar no Doodle que está no ar, o internauta é direcionado para uma experiência interativa, em que pode criar a própria composição musical com efeitos visuais.
Há a opção de escolher entre quatro instrumentos diferentes, representados por formas geométricas, e posicioná-los em uma espécie de diagrama que ocupa a tela inteira. Conforme uma barra de tempo passa pelas “notas”, as imagens relativas a cada instrumento são exibidas com destaque.
Inventor do Lumígrafo
No fim da década de 1940, Fischinger inventou um instrumento visual chamado Lumígrafo. Consistia de uma tela emborrachada, que era pressionada por uma pessoa e, dessa maneira, dava forma às luzes coloridas que eram projetadas na tela por outra pessoa. Embora o instrumento fosse silencioso, a ideia era que as apresentações do Lumígrafo fossem acompanhadas por música.
Difícil de entender? Assista ao vídeo
https://vimeo.com/album/3111432/video/13787280
A ideia de Fischinger era que o Lumígrafo fosse comercializado para o grande público, e que as pessoas tivessem o instrumento em casa, mas isso não chegou a acontecer. Fischinger defendia que “A música não se limita ao mundo do som. Existe música no mundo visual”, e fez várias apresentações com o Lumígrafo, bem como sua filha Barbara, depois da morte do artista. Atualmente um dos instrumentos está em Frankfurt, na Alemanha, e outros dois na Califórnia, nos Estados Unidos.