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Leituras de CLAUDIA: em junho, livros de autores e vivências LGBTQIA+

Da poesia ao romance, passando pelos quadrinhos, as recomendações do mês trazem histórias sobre amor, sexualidade e identidade de gênero

Por Joana Oliveira
17 jun 2022, 09h31

No mês em que se celebra o orgulho LGBTQIAP+, CLAUDIA recomenda obras de autores e autoras que celebram as vidas e os amores de lésbicas, gays, transexuais e outros corpos dissidentes. Tem poesia, romance e quadrinho. Deleite-se!

Capa do livro 'Átrio'.
Capa do livro ‘Átrio’. (Urutau/Divulgação)

Átrio Fernanda Comenda

Fernanda Comenda colocou o coração à venda em Átrio (Editora Urutau), seu livro de estreia, no qual ela derrama sua poesia em versos-flecha, que contam o êxtase e o estrago dos afetos que nos atravessam. Cântico de um amor em ruínas, mas também uma busca por novas portas e caminhos que se abram, Átrio traz a poeta exposta, como ela mesma escreveu, “afastando costelas e mostrando as coisas que sangraram e ainda escorrem”. Ela pariu uma dor. E convida os leitores a terem coragem de encará-la.

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A Língua Quando Poema várias autoras e autores

Capa do livro 'A Língua Quando Poema'.
Capa do livro ‘A Língua Quando Poema’. (Baderna Literária/Divulgação)

Uma batalha de slam em forma de antologia poética. Assim é A Língua Quando Poema (La Lengua Cuando Poema), publicado pela Editora Baderna em português e espanhol, que traz poesias inéditas de 28 mulheres, travestis, homens trans e pessoas não binárias de países latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, República Dominicana e Venezuela). Organizada por Carolina Peixoto e Pam Araujo, poetas, produtoras culturais e idealizadoras da Slam Mina SP, e publicada pela Baderna Literária, a obra traz uma pluralidade poética com textos que falam sobre as vivências à margem da sociedade, feminismo, violência e identidade de gênero, pobreza e desigualdade social. Tudo com muita força —quase como um soco no estômago— e lirismo.

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Johnny, você me amaria se o meu fosse maior? – Brontez Purnell

Nenhum tabu sobre as vivências de homens gays sobrevive nesse romance de inspiração autobiográfica do escritor norte-americano Brontez Purnell. O protagonista de Johnny, você me amaria se o meu fosse maior? (Planeta) não tem seu nome revelado, mas sabemos que ele é um dançarino negro que se autodefine como um “gay old school”, isto é, repudia os jovens homossexuais que invadem as ruas de São Francisco com suas bikes modernas e tomam mil cuidados, desde o uso do cinto de segurança até a camisinha, mas parecem incapazes de forjar conexões verdadeiras com outras pessoas.

Capa da obra de Brontez Purnell.
Capa da obra de Brontez Purnell. (Planeta/Divulgação)

Enquanto faz, com ódio, essa análise social, o protagonista e seu autor abordam, para além das questões LGBTQIA+, como a crescente depressão nessa comunidade, as tensões raciais —especialmente a objetificação e hiperssexualização de corpos negros— e as formas de contato social de uma pessoa soropositiva. Original, por vezes divertido e definitivamente polêmico, o romance de Brontez Purnell não deixa pedra sobre pedra. E esse é seu maior trunfo. 

O Essencial de Perigosas Sapatas – Alison Bechdel

Capa da coletânea 'O Essencial de Perigosas Sapatas'.
Capa da coletânea ‘O Essencial de Perigosas Sapatas’. (Todavia/Divulgação)

Nessa coletânea das tirinhas publicadas em diferentes em jornais entre 1987 e 2008, a quadrinista norte-americana Alison Bechdel mostra o que é ser lésbica nas miudezas do cotidiano. O Essencial das Perigosas Sapatas (no original, Dykes to watch out for), publicado pela Todavia no Brasil, traz as vidas de Mo, Lois, Ginger, Sparrow, Clarice, Toni e Jezanna, amigas de uma cidade de porte médio nos Estados Unidos, onde trabalham, se apaixonam, formam famílias, amam, envelhecem, brigam, tudo ao mesmo tempo agora, mas ao longo dos 20 anos em que suas experiências refletem contextos sócio-políticos desde a guerra no Afeganistão até os efeitos da mudança climática.

Essa obra-prima inseriu as mulheres lésbicas na cultura pop, como diz a própria autora no prefácio da coletânea: “Minha intenção era nomear o inominável, retratar o irrepresentável, para assim tornar as lésbicas visíveis. E eu fiz isso”.

Detransição, Baby

Em seu romance de estreia, publicado em 2021 e aclamado pela crítica, a norte-americana Torrey Peters explora com sutileza os terrenos e cruzamentos entre gênero, amor, vida trans e parentalidade. Detransição, Baby (Tordesilhas) narra a história de três pessoas, trans e cisgênero, cujas vidas viram de cabeça para baixo quando uma gravidez inesperada as obriga a repensar seus desejos e planos de existência. O que constitui uma família? Uma vida mundana, banal e confortável é o máximo a que uma pessoa divergente pode se permitir desejar? Essas e outras questões existenciais são centrais no livro, cuja narrativa propõe uma busca pelos caminhos que levam um indivíduo de volta para si mesmo.

Capa de 'Detransição, Baby'.
Capa de ‘Detransição, Baby’. (Tordesilhas/Divulgação)
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