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Elza Soares é indicada entre os Melhores Artistas de 2020

Aos 90 anos, a cantora concorre ao Prêmio Arcanjo de Cultura por ter brilhado em lançamentos musicais e lives históricas

Por Da Redação
23 dez 2020, 21h20

Voz histórica da mulher negra brasileira, Elza Soares está concorrendo ao Prêmio Arcanjo de Cultura como uma das Melhores Artistas de 2020. Num ano desafiador para a classe artística, Elza, aos 90 anos, brilhou, fazendo lives históricas e ganhando aplausos nas redes sociais por seus posts contundentes contra o racismo e em defesa de grupos minorizados. 

Criada para prestigiar os profissionais de Cultura e Economia Criativa, a premiação focou o olhar em valorizar artistas que seguiram em frente com coragem e criatividade. “Neste ano tão difícil por conta da pandemia da Covid-19, que afetou especialmente as artes, o Prêmio Arcanjo de Cultura é um forte aplauso à classe artística, que sobreviveu milagrosamente ao ano que atravessamos. Nosso intuito é celebrar profissionais e iniciativas pioneiras em 2020, sempre prezando por um olhar diverso, democrático e inclusivo, o que é nossa marca”, explica o jornalista cultural Miguel Arcanjo Prado, criador do prêmio, que está em sua segunda edição. 

Elza é um desses exemplos. Apesar de já há alguns anos enfrentar dificuldades de mobilidade após uma queda em uma apresentação e um acidente de carro, os meses de isolamento em casa foram produtivos. Em junho deste ano, ela regravou Juízo Final, de Elcio Soares e Nelson Cavaquinho; em julho, numa live do Sesc São Paulo, no You Tube, emocionou mais de 100 mil espectadores ao cantar junto com o rapper Flávio Renegado uma versão emocionante de Carinhoso, composta por Pixinguinha e João de Barro, que eles haviam lançado em abril, no início da pandemia. Um mês depois, Elza foi uma das três capas de CLAUDIA, juntamente com Zezé Motta e Laura Cardoso. Em entrevista à editora-chefe de CLAUDIA, Isabella D’Ercole, afirmou “Não gosto de tirar férias, não preciso. Sinto falta do palco”.

A lista de indicados a Melhores de 2020 traz 60 nomes, que concorrem a 30 troféus divididos em 7 categorias. A cerimônia de premiação será realizada no primeiro trimestre de 2021 em formato híbrido –  digital e presencial –  tendo o Theatro Municipal de São Paulo novamente como palco.

Veja abaixo a lista completa dos indicados:

INDICADOS 2º PRÊMIO ARCANJO DE CULTURA – 2020

ARTES VISUAIS

Acervo Vladimir Herzog – Instituto Vladimir Herzog (IVH) e Itaú Cultural – Pela preservação da memória do grande jornalista brasileiro, assassinado pela ditadura.

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Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do Sesc São Paulo – Pela valorização da reflexão e proposta de diálogos sobre as Artes Visuais.

Edson Lopes Jr. – Pelo sensível olhar fotojornalístico no registro da pandemia do novo coronavírus na cidade de São Paulo.

Evoé – Fotografias de Teatro, de Priscila Prade –  Pelo registro histórico que condensa três décadas do teatro brasileiro e seus grandes artistas.

J. C. Serroni – Pelos 70 de vida e grande contribuição, com projetos cenográficos, ensino, pesquisa e publicações, às Artes Visuais e ao Teatro Brasileiro.

John Lennon em Nova York por Bob Gruen – MIS – Pela apresentação da trajetória visual de um dos maiores artistas do século 20.

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My Name Is Ivald Granato – Sesc Belenzinho e Sesc Guarulhos – Pela apresentação de meio século de produção artística inventiva e performativa do artista brasileiro.

Paulo Nazareth – Pela potente trajetória nas Artes Visuais com reconhecimento internacional.

CINEMA

A Febre – Pela proposição da diretora Maya Werneck Da-Rin em dar voz ao indígena em um país entregue à voracidade predatória.

Babenco, Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, de Bárbara Paz – Pela delicadeza cinematográfica no registro dos últimos dias de um dos maiores diretores do cinema, Héctor Babenco.

Fim de Festa – Pela proposta do diretor Hilton Lacerda em construir um filme inteligente e divertido, verdadeiro deleite para quem gosta de cinema.

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Lima Duarte – Pelos 90 anos de vida do grande ator com contribuição inestimável ao cinema brasileiro.

Mostra de Cinemas Africanos e Vídeo nas Aldeias – Por serem duas iniciativas de inclusão audiovisual: a primeira, apresentando o novo cinema da África, e a segunda por ser importante projeto de produção audiovisual indígena.

Sete Anos em Maio e Vaga Carne – Pela união na exibição de dois médias poderosos na mensagem e qualidade de produção: de um lado, a denúncia do genocídio negro, do outro, um corpo buscando sua voz.

Silvio Guindane – Pela constante demonstração de ser artista versátil no cinema, teatro e TV, não se prendendo à atuação, mas navegando também pelo roteiro, dramaturgia e direção.

SPCine Play – Por ser uma plataforma pública pioneira de streaming no Brasil, que valoriza e amplifica o audiovisual nacional.

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MÚSICA

Bárbara Bivolt – Pelo primeiro disco que leva seu nome e é fruto de uma década de dedicação ao rap. 

Coletivo IMuNe – Instante da Música Negra – Pelo diálogo artístico que fez o Brasil conhecer seis nomes talentosos da nova música negra: Bia Nogueira, Cleópatra, Gui Ventura, Maíra Baldaia, Raphael Sales e Rodrigo Negão. 

Edital Natura Musical – Pelo constante estímulo à nova música brasileira e apoio crucial no desafiante 2020. 

Gilberto Gil e BaianaSystem – Pelo disco Gil Baiana Ao Vivo em Salvador, registro do encontro geracional potente e histórico. 

João Gordo – Pela corajosa trajetória no Entretenimento e na Música, que o torna um dos maiores nomes do punk nacional. 

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Kunumi MC – Por ser voz representativa do discurso indígena na cena musical. 

Marcelo D2 – Pelo disco Assim Tocam Meus Tambores, no qual reuniu seus “cria” em um projeto produzido e gravado a partir de lives feitas durante o período de isolamento. 

Mateus Aleluia – Pelo disco Olorum, no qual o lendário integrante de Os Tincoãs, reforçou elo crucial com a ancestralidade negra.

REDES

Ary Fontoura – Pela comunicação positiva no Instagram durante a pandemia, que tornou o ator de 87 anos nome seguido por mais de 2 milhões de pessoas.

Educa Podcast – Pelo precioso projeto que une Educação e Música em papos prazerosos com entrevistados que sempre têm algo inteligente a dizer.

Festival Satyrianas – Pelo mergulho no digital em sua 21ª edição, acompanhada por mais de 45 mil pessoas em 78 horas que reuniram 300 atrações artísticas e cerca de 100 filmes.

Histórias de Confinamento – Pelo projeto digital baseado em histórias reais enviadas pelo público e transformadas em vídeos no canal do Grupo Galpão no YouTube.

Maria Zilda Bethlem – Pelas entrevistas conduzidas de forma espontânea pela atriz no Instagram que conquistaram milhares de pessoas na quarentena.

Na Morada – Pelo excelente podcast na CBN, conduzido por Tatiana Vasconcellos e Laura Cassano, focado em questões da mulher que mora sozinha, valorizando novos tipos de configuração familiar.

Teresa Cristina – Pelas lives no Instagram da cantora que imediatamente se tornaram porto seguro de inteligência e cultura nesta quarentena.

Tina – Pelo humor ferino das atrizes Isabela Mariotto e Julia Burnier no Instagram, onde a personagem conquistou o público inteligente com uma cutucada divertida no campo progressista privilegiado.

STREAMING TV

Amazon Prime Video – Pelo crescimento no Brasil do serviço de streaming que apresenta produções próprias e soluções eficazes para o usuário, como legendas de tamanho regulável.

As Aventuras de Poliana – Pela garra da equipe de teledramaturgia do SBT que conquistou o público, tendo sido a única novela inédita no ar durante a pandemia.

Babu Santana e Thelma Assis – Pelo forte carisma e representatividade negra que conquistou o país no Big Brother Brasil, reality da Globo.

CNN Brasil – Pela estreia, crescimento e por ter rapidamente se tornado importante opção de informação para o público brasileiro.

Em Nome de Deus – Pela revelação dos bastidores do caso João de Deus em uma verdadeira aula de jornalismo investigativo na série do Globoplay.

Falas Negras – Por dar voz na tela da Globo e no Globoplay ao discurso de 22 personalidades negras históricas, em cuidadosa produção dirigida por Lázaro Ramos e idealizada por Manuela Dias.

João Acaiabe – Pelos personagens que conquistaram gerações em 50 anos de carreira artística e pioneirismo na representatividade negra nas artes.

Sinta-se em Casa com Marcelo Adnet – Pela criatividade durante a pandemia do humorista no Globoplay, conseguindo aliviar as tensões do complicado período.

TEATRO

A Arte de Encarar o Medo (The Art of Facing Fear) – Pelo pioneirismo no Teatro Digital da Cia. Os Satyros nesta obra de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez com elencos brasileiro, africano-europeu e estadunidense e temporadas em 4 continentes; corajoso feito para o teatro brasileiro no turbulento 2020.

A Cor Púrpura – Pela impecável produção de teatro musical com elenco e equipe totalmente dedicados em contar uma velha história negra com múltiplos e novos significados.

Desamparos – Pelo mergulho sensível e virtual da atriz Cléo De Páris sob direção de Fábio Penna, um respiro poético em meio ao caos.

Jane Di Castro, Divina Valéria, Eloína dos Leopardos, Camille K, Marcia Dailyn e Divina Nubia – Pelo pioneirismo na representatividade trans e transformista nos palcos, com trajetórias reunidas no espetáculo Divinas Divas, marco no Theatro Municipal de São Paulo em 2020.

Negra Palavra, Solano Trindade – Pela valorização da importante obra do poeta negro pernambucano Solano Trindade, na voz de 11 artistas no Teatro Digital durante a quarentena em realização do Coletivo Preto e Cia de Teatro Íntimo.

O Canto de Ninguém – Pela madura construção dramatúrgica de Luccas Papp bem como pela estreia brilhante da estrela dos musicais Fabi Bang no teatro dramático, ambos sob direção de Kleber Montanheiro.

O Filho do Presidente – Pelo desbravar do Teatro Digital a cargo do Teatro Caminho, com o ator Ricardo Cabral dirigido por Natasha Corbelino, em uma experiência intimista.

O Pior de Mim – Pelo texto filosófico e entrega visceral da atriz Maitê Proença, sob direção de Rodrigo Portella, em um voo delicado nas possibilidades criativas e comunicativas do Teatro Digital.

ESPECIAL

Anderson Jesus – Pela proposta de comunicação que valoriza a trajetória negra, foco do projeto de conteúdo digital multiplataforma Todos Negros do Mundo (TNM).

Angela Ro Ro – Pelos 70 anos de uma artista talentosa, pioneira na liberdade do amor e com trajetória de sucessos que marcaram gerações.

Elza Soares – Pelos 90 anos desta artista de grande talento, farta coragem e constante capacidade de reinvenção, além de ser voz histórica da mulher negra brasileira.

Fábio Porchat – Pelas entrevistas em formato live na quarentena e pela ajuda a artistas e técnicos em vulnerabilidade na pandemia.

Fundo Marlene Colé da APTI, Fundo Iasmine do Teatro Musical, APTR, SP Escola de Teatro, Cooperativa Paulista de Teatro e Sated – Pelas campanhas de ajuda a artistas e técnicos vulneráveis na pandemia da Covid-19.

Hilton Cobra – Pela irretocável trajetória de valorização do teatro negro, coroada com a excelente peça Traga-me a Cabeça de Lima Barreto.

Hugo Possolo – Pelos múltiplos editais da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo durante a pandemia, primordiais para a sobrevivência do campo cultural paulistano.

Itaú Cultural – Pelos editais Arte como Respiro durante a quarentena em diferentes linguagens artísticas, que trouxeram fôlego extra às artes e seus profissionais.

Os Crespos Cia. de Teatro – Pelos 15 anos da importante companhia dedicada ao teatro negro sob comando de Lucelia Sergio e Sidney Santiago Kuanza.

Pedro Paulo Cava – Pela trajetória de 70 anos de vida e dedicação às artes cênicas em Minas Gerais, onde comanda o Teatro da Cidade em Belo Horizonte há três décadas.

Sesc São Paulo – Pela série #SescEmCasa com espetáculos que representaram uma nova possibilidade produtiva na quarentena para profissionais das artes.

Sérgio Sá Leitão – Pelos constantes editais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo em apoio aos artistas durante a pandemia com destaque para o #CulturaEmCasa, com a Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA), que possibilitou o encontro de artistas com milhares de espectadores durante a quarentena.

 

 

 

 

 

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