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Elizabeth Wurtzel discutiu depressão quando poucos ousavam falar

Autora de "Nação Prozac", livro que iniciou uma discussão sobre a doença nos EUA, a escritora norte-americana morreu nesta terça-feira (7) aos 52 anos.

Por Da Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 10h28 - Publicado em 8 jan 2020, 12h54
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  • Na última terça-feira (7), o mundo recebeu a notícia da morte de Elizabeth Wurtzel, escritora e jornalista norte-americana que, aos 27 anos, se tornou um ícone com a publicação da aclamada obra “Nação Prozac”, que, nos anos 1990, foi responsável por abrir uma ampla discussão em torno da depressão e do medicamento Prozac, usado no tratamento da doença, em uma época que ninguém ousava falar sobre o assunto da mesma forma que hoje.

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    Aos 52 anos, a autora deixa a vida devido a um câncer de mama, diagnosticado em 2015. Segundo o marido dela, Jim Freed, em entrevista ao The Washington Post, a escritora se submeteu a uma mastectomia dupla, mas a doença já tinha migrado para o cérebro. De acordo com o jornal, a causa da morte foi por “complicações derivadas da doença leptomeníngea”, que acontece quando o câncer se espalha para o fluído cérebro espinhal. Ela escreveu sobre a experiência ao The New York Times. 

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    “Câncer de mama é considerado especialmente sensível porque envolve seios, que são especiais. Eu amava os meus seios: eu posei nua na capa do meu livro ‘Bitch: In Praise of Difficult Woman’, então eu deveria amar. Mas eu amo os novos seios que tenho agora. Eu passei por uma cirurgia de preservação dos mamilos, que geralmente é uma possibilidade. Meus novos seios são mais reais que reais”, escreveu corajosamente ela no artigo, publicado em setembro de 2015.

    E Elizabeth era isso: corajosa. “Nação Prozac” foi publicado em 1994 e, logo se tornou uma sensação, pela crueza e originalidade do relato de Wurtzel. Elizabeth foi diagnosticada com depressão entre os 10 e os 12 anos, conforme conta na obra. Durante a sua vida universitária, a escritora afirma que foi salva pelo medicamento Prozac após inúmeras tentativas de suicídio. Na publicação, escrita em formato de diário, ela relata seus dias de estudante em Harvard, além de falar sobre o uso de drogas, sua vida sexual e saúde mental.

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    Nação Prozac, de Elizabeth Wurtzel

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    O livro é considerado um dos responsáveis por revitalizar nos anos 1990 o gênero “memórias”, hoje amplamente utilizado por políticos, celebridades, e personalidades da mídia. A obra chegou a ser adaptada para um filme, protagonizado pela atriz Christina Ricci, estreando no Festival Internacional de Cinema de Toronto em setembro de 2001, mas nunca foi exibido em salas de cinema nos Estados Unidos. Em 2005, foi transmitido na televisão e, posteriormente, editado em DVD.

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    Por ser extremamente honesto e desinibido, Nação Prozac polarizou a opinião dos leitores e críticos. Muitos consideraram Wurtzel como uma pessoa “obcecada em si própria”. “É uma Sylvia Plath com o ego da Madonna”, escreveu o crítico Ken Tucker, do The New York Times Book Review, em setembro de 1994. Outros, porém, a louvavam por abrir uma discussão importante e acessível sobre uma doença muitas vezes estigmatizada.

    Capa do filme Prozac Nation
    Capa do filme Prozac Nation, adaptação da obra Nação Prozac de Elizabeth Wurtzel (Divulgação/Reprodução)

    Após Nação Prozac, Elizabeth seguiu escrevendo livros e artigos, inclusive para o The New York Times. Em 1998, publicou a coleção de ensaios “Bitch: In Praise of Difficult Women”, (“Vadia: Em louvor às mulheres difíceis”, em tradução livre), um manifesto feminista que relaciona a vida de mulheres exigentes e díspares. Já em 2002, lançou “More, now and again: a memoir of addiction” (“Mais, agora e de novo: memórias do vício”, também em tradução livre), mais um relato sobre sua dependência química.

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