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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.
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Lembre-se: nem todas as nossas preocupações se materializam 

Após um pedido de divórcio, a colunista Stéphanie Habrich viu na prática a importância de não ser dominada pelos pensamentos negativos

Por Stéphanie Habrich
22 set 2021, 17h08

Quantas vezes você já se preocupou com alguma coisa que acabou nunca acontecendo na prática? Todos nós sabemos como é isso: passamos horas gastando energia emocional com pensamentos perturbadores e, no fim, percebemos que não havia razões para tanta preocupação.

Essa “experiência”, digamos assim, foi até estudada em uma pesquisa feita pela Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Os cientistas acompanharam um grupo de pacientes por um determinado período de tempo e observaram se as suas preocupações se convertiam em acontecimentos reais.

A conclusão foi de que 91% das preocupações não se concretizaram, o que significa que eles não precisavam ter investido tanta energia com aqueles pensamentos.

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Vi essa pesquisa em uma reportagem da BBC e, na hora, fiquei pensando sobre como perdemos muito tempo com preocupações que podem nem vir a se concretizar na prática, enquanto investimos pouco tempo valorizando as coisas boas que, de fato, temos em nossas vidas.

Parece que estamos condicionados a nos concentrar mais em questões especulativas negativas do que em acontecimentos concretos positivos.

Então, me lembrei de uma situação em que eu mesma fui beneficiada ao colocar a gratidão na frente das preocupações. Tudo começou no ano passado, quando meu marido resolveu pedir o divórcio.

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Além da dor da perda do casamento, tive que lidar com uma série de pensamentos negativos que projetavam cenários assustadores para o futuro próximo. Tinha medo de como daria conta de tudo sozinha, de como seria a vida dali para frente.

A pandemia também não estava me ajudando a lidar com a situação. Fora as incertezas e medos trazidos pelo vírus, a minha rotina, assim como a da maior parte da população, mudou radicalmente.

Isso tudo fez com que as minhas preocupações e temores aumentassem e eu me visse muito mais ansiosa e estressada do que o normal. Sempre fui uma pessoa otimista, que encarava de frente os problemas mais cabeludos. Mas, dessa vez, não estava conseguindo manter esse espírito de positividade.

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Até que, um dia, uma amiga me deu de presente um livro com lindas frases sobre a vida e um espaço para escrever todos os dias ao que éramos gratos.

Nunca gostei muito desse tipo de coisa, mas, por consideração à minha amiga, resolvi fazer esse exercício diário de escrever ao que eu tinha gratidão naquele dia.

Para a minha surpresa, comecei a perceber que aquela prática estava me ajudando a substituir pensamentos ruins por pensamentos positivos, de reconhecimento pelas coisas boas que eu tinha. E essa troca, por assim dizer, fez com que eu me sentisse melhor.

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Na prática, essa experiência que eu tive pode ser explicada pela ciência. Em entrevista à revista Vida Simples, Wallace Limaa, especialista em física quântica e saúde integral, explicou que a gratidão lança no organismo neurotransmissores do bem-estar, como a serotonina e a dopamina, o que proporciona um estado de tranquilidade e relaxamento que nos ajuda a pensar em soluções, em vez de problemas.

Além disso, soma-se à questão o fato de nosso organismo não lidar bem com uma mente que está sempre repleta de preocupações e pensamentos negativos.

“Uma pessoa que diante de qualquer obstáculo se coloca no lugar de vítima, como coitada, o sistema endócrino dela responde colocando no corpo os chamados hormônios do estresse, que são especialmente cortisol e adrenalina”, explicou Limaa à Vida Simples.

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“Dessa forma, a pessoa vive constantemente no modo de sobrevivência, no qual ela está ali em uma situação em que vai precisar fugir ou lutar para se defender. E nosso corpo não foi programado para se manter nesse estado de estresse continuamente, porque isso fragiliza os sistemas, mina nosso sistema imunológico”.

Percebe-se, portanto, que, quando falamos de gratidão, não estamos falando apenas de uma “filosofia bonitinha”, mas de uma prática comprovadamente eficaz para ter uma mente menos agitada.

Fica, então, o convite para que você, leitora, faça como eu e também invista no exercício de diariamente pensar nas coisas a que você é grata na vida. Esses fatos a se agradecer são reais; já as preocupações, não necessariamente.

 

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