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Dormindo com o inimigo: relatos de mulheres expostas por seus cônjuges

Conheça relatos de mulheres que foram abusadas e tiveram fotos e vídeos divulgados por maridos, sem consentimento, em redes sociais

Por Martchela
19 set 2024, 17h00
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  • Revenge porn é crime - estupro coletivo - crimes virtuais
    Homens vêm divulgando, sem consentimento e com cada vez mais frequência, fotos íntimas das parceiras.  (Freepik/Reprodução)

    Recentemente, li a horripilante noticia da francesa que descobriu através da policia que o marido, com quem estava casada há mais de 50 anos, a dopava e estimulava homens na internet a lhe estuprarem enquanto estava sedada. Mais de 50 estranhos a violentaram, e entre entre eles, alguns conhecidos que NUNCA revelaram a mulher o que o marido fazia.

    Infelizmente esse é mais um caso de “brotheragem”: eles se unem para nunca contar à vitima o que os amigos fazem de errado com namoradas, noivas, casadas… Raros são os que se arriscam a perder os benefícios da amizade masculina.

    O caso de Ketlen Rodrigues

    Há um ano, no Brasil, a empreendedora Ketlen Rodrigues, conhecida como @kethyrodriigues no falecido Twitter, denunciou, através de suas redes sociai, que o ex-noivo havia divulgado algumas de suas fotos e vídeos íntimos sem que ela autorizasse (o que é considerado crime no Brasil). Após a repercussão do caso de Ketlen, diversas mulheres também vieram a público denunciar situações semelhantes que enfrentaram.

    Vazamento de fotos íntimas em grupos de Whatsapp

    Beatriz* (nome fictício), por exemplo, contou que já passou por essa situação em um relacionamento passado. Na ocasião, ela descobriu que o até então namorado participava de um grupo de Whatsapp chamado “Mostre sua mulher”. Após o término do relacionamento, o ex-companheiro jogou algumas fotos dela no grupo, compartihando o seu contato para os demais membros como forma de vingança – o famoso Revenge Porn.

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    Infelizmente, grupos de homens que divulgam fotos de esposas e filhas nuas, sem consentimento, vêm se tornando um problema cada vez mais comum.

    Dopada e invadida

    Paula* (nome fictício), entrou na justiça contra o ex-namorado pelo mesmo motivo. Durante o período em que estiveram morando juntos na pandemia, ele a dopava com vinho tinto e tirava diversas fotos suas enquanto ela estava inconsciente. Após uma das brigas do casal, Paula olhou o celular do ex-namorado e descobriu que ele havia postado as fotos em grupos de amigos. O caso ainda está na justiça e Paula faz tratamento psicológico para lidar com esse evento traumático.

    Facebook ainda mantém grupos de revenge porn ativos

    De acordo com informações divulgadas, a plataforma Facebook mantém ativo diversos grupos criados com o objetivo de compartilhar fotos íntimas de mulheres sem consentimento. As imagens são frequentemente acompanhadas de comentários misóginos e objetificantes, além de conterem informações pessoais das vítimas, como nome e contato.

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    A delegada Nádia Santos, responsável por crimes virtuais, alerta para a gravidade desse tipo de situação. “Existe uma penalidade específica para esse tipo de conduta: é o crime previsto no artigo 218-C do Código Penal, que passou a existir no nosso ordenamento jurídico com a Lei 13.718/2018 (Lei Carolina Dickmann).

    Tal infração prevê uma pena de reclusão de um a cinco anos para a pessoa que oferece, troca, disponibiliza, vende, expõe, distribui, publica ou divulga, por qualquer meio, e sem o consentimento da vítima, foto ou vídeo de cena de sexo ou nudez.

    Revenge Porn está cada vez mais frequente

    É evidente que essas condutas são muito recorrentes em situações de “revenge porn“, ou pornô de vingança, quando o autor, com o intuito de punir a vítima por algum conflito (como uma briga entre o casal ou um término de relacionamento), divulga na internet, sem autorização, fotos ou vídeos tirados em caráter íntimo.

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    É muito comum, inclusive, o compartilhamento desse tipo de material sensível em grupos de WhatsApp ou Telegram criados exclusivamente para essa finalidade, de uma forma vexatória para as mulheres ali retratadas.

    “As vítimas que tomarem conhecimento dessa conduta criminosa podem procurar a polícia e registrar boletim de ocorrência para a devida investigação”, diz Nádia.

    Revenge porn é crime

    A delegada reitera que esse comportamento é ilegal. Pessoas que compartilham fotos íntimas sem consentimento podem ser punidas criminalmente. Além disso, é fundamental que as vítimas busquem apoio e denunciem o caso às autoridades competentes.

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    Diante do aumento de casos de compartilhamento não consensual de imagens íntimas, é importante que todas estejam atentas e tomem precauções para evitar situações dessa natureza. Compartilhe fotos íntimas apenas com pessoas de confiança, sempre adotando medidas de segurança que protejam a sua privacidade.

    Caso ocorra algum tipo de violação, a denúncia é fundamental para que as autoridades consigam tomar as medidas necessárias e punir os responsáveis pelo crime.

    Desde sempre, enfrentamos atrocidades tanto com estranhos quanto com nossos cônjuges. Por isso, nunca (eu disse nunca) confie em um amigo do amigo. O perigo dorme e mora ao lado. Acredite apenas em mulheres: só nós podemos nos salvar.

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