Trabalhei com Sandra Annenberg dois anos no Jornal Hoje.
E nesta sexta, assim como boa parte da internet, me emocionei com a despedida dela da bancada. Quatro horas depois que postamos o vídeo no Instagram de @claudiaonline já havia mais de 1.000 comentários. Desisti de contar em quantos deles alguém escreveu “também chorei”.
Estreei no JH em 2003 como editora-executiva (mesmo ano de estreia de Sandra em sua segunda temporada no telejornal) e teria para contar um mar de histórias divertidas sobre ela e os bastidores que vive uma equipe que faz um telejornal diário. Tem momentos hilários, de tensão, insanos. Daria um enorme textão.
Mas fica para outro dia.
Hoje quero deixar apenas um beijo para a Sandra e repetir a mesma coisa que disse a ela no dia em que me despedi do telejornal.
“Obrigada pela parceria”.
Se tem uma coisa que posso dizer sobre a Sandra é a confiança que tive de fazer jornal com ela. Principalmente nos dias mais difíceis, com operações técnicas complexas em factuais de última hora. Não sei se vocês lembram mas Bento XVI foi anunciado Papa minutos antes do JH entrar no ar. Pensa numa equipe correndo…
E eu sabia que nessas horas podia contar com ela.
Nunca pedi ajuda a Sandra que ela não parasse o que estava fazendo – ela também correndo contra o relógio para preparar o jornal – para me socorrer. Sentada ao seu lado, olhava pra ela com voz em desespero e falava, “Sandra, me ajuda?”. E ela prontamente parava o que estava fazendo e me respondia com aquela voz cristalina que há 16 anos acostumamos a ouvir na hora do almoço: “Claro!”
Só quem trabalha em equipe sabe o quanto isso é um bálsamo.
Comprometimento é um valor imensurável.
E isso Sandra tem.
Hoje, vendo ela se despedir da bancada na qual dividimos tensões e alegrias, pensei o quanto é valioso e altivo ser na memória de alguém sinônimo de compromisso.
Isso sim é elegância.
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