O acúmulo de funções e os mil compromissos se somam agora aos cuidados que o calor intenso exige. Final de ano nunca foi tempo de folga para as mães
Não essa idealizada e pouco colocada em prática, mas uma que trate das inúmeras possibilidades do maternar com cuidado e respeito
A ideia da “boa mãe” abnegada que se sente feliz e realizada com todos os aspectos das maternidades é uma das nossas grandes armadilhas culturais
Que nesta Primavera Feminista Materna possamos compreender o lugar da diferença como possibilidade de lutar por algo melhor, para todas e não apenas para si
Precisamos entender, enquanto sociedade, como as nossas ações e falas prejudicam a relação das mães com a própria maternidade
Que tal nos ampararmos em vez de apontar dedos?
Namorar, beijar, desejar, gozar: isso tudo faz parte da vida, inclusive de quem tem filhos
Essa crônica é para pensar em quantas vezes, mesmo sem tempo e nos dedicando a outras tarefas, somos obrigadas a cumprir TODOS os compromissos
O trabalho doméstico materno é uma realidade, mas podemos mudar esse curso com atitudes diárias para não sobrecarregarmos (mais) as mães
As pessoas estão revelando suas incapacidades de viverem em comunidade de maneira responsável, equilibrada, sensata e afetuosa
Um verbo feminino conjugado pelas mães que promove uma sociedade baseada em afetos e cuidados coletivos
Como olhar para a maternidade sem responsabilizar apenas as mulheres? Uma resposta passa por políticas públicas, empatia e uma grande conversa social
Conversar é esse ato de reconhecer a legitimidade de outra mulher distinta de nossa realidade
Debater as maternidades é debater a política que sustenta a estrutura da sociedade, na qual as mulheres são as principais cuidadoras
Cuidar não cansa: cuidar retira pedaços de nós e nos transforma em outra pessoa
Neste fim de ano, a colunista Ana Carolina Coelho traz uma emocionante crônica natalina sobre família e gratidão
O “Amaternar” não é um mero acúmulo de tarefas para que provemos ao OUTRO do que somos capazes
A maior mentira que nos contam é que ser mãe nos completa totalmente
Amaternar é esse olhar que dialoga no processo de criação e reprodução humana e depende de carinho, empatia, e observar quem é a outra pessoa
a. As pesquisas e relatos das mães revelam o quanto não nos permitimos adoecer, o quanto precisamos ser “fortes guerreiras incansáveis”