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Natália Dornellas é jornalista, podcaster e ativista da longevidade. Procura por avós e avôs para prosear e histórias de #avosidade para contar. É criadora do podcast Conversa de Vó e cofundadora da plataforma 40+ AsPerennials
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Esta vovó pernambucana domina o ritmo coco e as danças de roda

Com 12 netos e próxima dos 90 anos, Dona Glorinha ainda tem vitalidade para subir aos palcos e representar o ritmo, que é carregado de ancestralidade

Por Natália Dornellas
Atualizado em 25 jun 2021, 18h20 - Publicado em 25 jun 2021, 16h18

Não penso numa avó melhor para essa coluna que comemora, com um certo atraso, os tímidos festejos de São João que Maria da Glória Braz de Almeida, a Glorinha do Coco. Pequenina e faceira, Dona Glorinha tem apenas 50 quilos, mas vira uma gigante nos palcos quando o batuque começa.

Sua história com o ritmo, que nasceu entre os escravos e os negros nos engenhos de açúcar de Pernambuco, começou bem cedo. Filha da “conquista” Maria Belém, a pequena Glorinha ganhou um tamborete do padrasto e aos 7 anos já subia nele para “responder” aos cânticos da mãe. Quando a matriarca partiu, ela tinha 44 anos e se afastou da folia para garantir o sustento da família.

Dona Glorinha do Coco
(Foto: Dona Glorinha do Coco/Facebook/Reprodução)

Lavando roupas para fora, ela fazia apresentações locais que não lhe rendiam nada além do prazer. “Antigamente, o coco não tinha esse negócio de receber dinheiro. A gente fazia as coisas por amor à brincadeira. Onde a gente chegava nem água na jarra pra beber tinha, mas a gente brincava até o dia amanhecer no chão de barro. Quando a gente terminava, os pés ficavam cheios de poeira”, relembra.

Dona Glorinha do Coco
(Foto: Dona Glorinha do Coco/Facebook/Reprodução)

A sorte começou a mudar em 2007, quando participou do documentário “O coco, a roda, o pneu e o farol”, de Mariana Brennand. O material abriu caminho para ela ser convidada para a coletânea “Coco do Amaro Branco Vol. 2”, no ano seguinte, e chamou a atenção da produtora Isa Melo, que dona Glorinha chama de anjo por razões óbvias. Isa foi a responsável pela gravação e o lançamento de seu primeiro disco, em 2013, quando a artista estava perto de chegar aos 80 anos.

Dona Glorinha do Coco
(Foto: Dona Glorinha do Coco/Facebook/Reprodução)

Sua primeira viagem de avião foi em 2014 para Lisboa, quando foi selecionada para participar do Ano do Brasil em Portugal. Em seguida, o destino foi o Rio, onde concorreu ao prestigiado Prêmio da Música Brasileira de 2015, profecia que não se cumpriu, mas abriu muitas portas. Muitos shows e parcerias depois, Dona Glorinha lançou seu segundo disco, em 2018, aos 84 anos.

Dona Glorinha do Coco

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Avó de 12, ela já tem a herdeira para o seu “anel de coco”, a neta Renata, sua companheira de grupo. Enquanto isso, segue em atividade e não pretende parar, afinal não está velha “…só um pouco gasta”.

Essa rainha é minha convidada do Conversa de Vó, na próxima quarta-feira (30), às 19h, no Instagram @nataliadornellas. Esperamos você!

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