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Entrevista exclusiva com Octavia Spencer

Conversamos com a atriz americana Octavia Spencer, que estrela A Cabana, hoje nos cinemas

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 abr 2017, 17h12 - Publicado em 6 abr 2017, 17h11
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  • Na última segunda-feira, saí de uma São Paulo nublada para encontrar a sorridente Octavia Spencer no Rio de Janeiro. Octavia é daquelas pessoas que você acha que poderia ser sua melhor amiga (mesmo que você nunca tenha conhecido a atriz pessoalmente). A primeira lembrança que tenho dela é no excelente Histórias Cruzadas, de 2011.

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    No filme, ela interpretava Minnie, a empregada orgulhosa, que depois de muito aguentar o racismo da patroa, se recusou a aceitar as injustiças de cabeça baixa. Foi pelo papel que ela levou para casa o Oscar de melhor atriz coadjuvante.

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    Este ano ela ainda encantou em Estrelas Além do Tempo, filme recorde de bilheteria que resgatou a história de mulheres negras cuja atuação na Nasa foi essencial, mas nunca noticiada.

    Mas no ensolarado Rio de Janeiro ela estava para promover seu mais recente filme, A Cabana. Baseado no best-seller de William P. Young, conta a história de um homem que passa a questionar sua fé e existência após o assassinato brutal da filha. O caminho de cura dele passa por um encontro com Deus, interpretado pela própria Octavia (a personagem se chama Papa), e a santíssima trindade. Ele precisa descobrir sozinho o caminho para sair da depressão e encontrar a cura.

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    (Divulgação/Paris Filmes)

     

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    Octavia é muito religiosa e garante que seu dia só é bom quando começa com uma conversa com Deus. Foi por isso que o roteiro chamou sua atenção. Leia uma entrevista exclusiva com ela e assista ao vídeo.

    Como é interpretar Deus?

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    Eu li o livro porque uma amiga me deu há muito tempo prometendo que seria um suspense emocionante, o tipo de leitura que eu gosto. Mas quando acabei, minha parte favorita foi a maneira como retratava a fé. O livro responde às perguntas que pessoas desesperadas fazem. E tive essa sensação de novo quando acabamos de filmar. Foi como uma epifania, uma catarse. Eu estava feliz em ser parte de algo que oferecesse fé e cura. A maneira como Deus se apresenta ao protagonista é muito orgânica. Ela não o força a perdoar ou esquecer, mas viver experiências para chegar às suas próprias conclusões. Eu não estava ali para ditar como as coisas deveriam ser, preferi ir pelo caminho de Deus como um pai, uma mãe, alguém que está ali para cuidar.

     

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    O filme ganhou destaque por trazer uma mulher no papel de Deus e também incluir pessoas de origens diferentes no elenco. O que você achou dessa repercussão?

    Deus nos fez à sua imagem. Isso quer dizer que ele está em todos nós, não importa se latinos, asiáticos, negros, palestinos. Não vejo como isso afetaria a fé de alguém, pois devemos nos tratar como iguais.

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    (Divulgação/Paris Filmes)

     

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    Você acha que, como o livro foi um best-seller, essa mensagem chegou às pessoas?

    Acho que muitos entenderam o mesmo que eu e viram a história de cura que se sobressai. Minha parte favorita é quando a Sabedoria (interpretada por Alice Braga) mostra o mal que faz julgar o próximo, como nos prejudicamos também com isso.

     

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    No começo do filme, a filha de Mackenzie (Sam Worthington) faz a ele várias perguntas sobre fé, Deus e religião. Isso é uma situação comum que os adultos enfrentam. E ele fica meio sem responder. O que você diria?

    Uma das coisas mais lindas é enxergar o mundo pelos olhos da criança, pois é pura inocência, falta o julgamento que o adulto faz. E a curiosidade é amorosa, doce. Acho que Mackenzie não sabia responder porque ele não encontrava isso nele. Eu busco a fé dentro de mim. Às vezes as pessoas fazem o mal porque estão machucadas, então é importante encontrar a cura e o lado bom de cada um de nós. Você começa mudando o mundo quando muda a si mesma antes. Se focarmos nas nossas semelhanças, e não nas diferenças, seremos pessoas mais pacíficas.

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    Você é religiosa?

    Sim, falo com Deus todos os dias. Pela manhã, sempre. É a única maneira de se ter um bom dia. Medito com ele. Mas enquanto eu filmava, essa relação ficou estranha (risos). Era estranho falar com Deus e depois interpretá-lo.

     

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