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Essa é uma questão importantíssima que costuma dividir homens e mulheres em suas carreiras, geralmente a favor dos primeiros: eles falam sobre seus talentos e conquistas com naturalidade e genuíno entusiasmo. Nós, com nossa síndrome de humildade suprema, nos manifestamos pouco e, quando o fazemos, soamos artificiais. Este, claro, é o estereótipo de gênero, que deve e já vem sendo quebrado.
Algumas das profissionais mais bem sucedidas que conheço falam sem pudor sobre como são boas no que fazem. Se você tem dificuldade de praticar aquilo que chamamos de auto-elogio, saiba que o problema está muito mais na forma do que no conteúdo da sua mensagem. A solução é planejar como e quando e treinar o seu discurso até que seja espontâneo. Algumas dicas básicas:
– Sejam seus interlocutores desejáveis os seus pares ou o seu chefe, crie oportunidades adequadas para contar o que tem feito de bom.
– Não espere pela reunião anual de avaliação do seu trabalho: faça reportes regulares sobre ideias e projetos realizados.
– Baseie seus relatos em fatos e resultados concretos e não em conversas vagas sobre como tem se esforçado.
– Divida os méritos com sua equipe, mas não se esqueça de se incluir no time.
– Orgulhe-se genuinamente de suas conquistas, não há nada de errado em ser talentosa e inteligente.
– Reconheça as dificuldades e eventuais erros. Essa atitude avaliza a atitude oposta de auto-valorização
– Saiba rir de si mesma e contar como conseguiu o resultado esperado por vias tortas. As pessoas adoram uma história engraçada e a empatia quebra o estigma da pretensão.
– Não se preocupe se alguém achar que você está se jactando. Talvez esteja, e isso não é um problema.
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