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Ana Claudia Paixão A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood
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A eterna bonequinha sexagenária

Bonequinha de Luxo completa 60 anos em 2021, permanecendo como um dos filmes favoritos de várias gerações

Por Ana Claudia Paixão
27 mar 2021, 16h00
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  • Em outubro de 2021, CLAUDIA completa 60 anos e divide o aniversário com ninguém menos que um dos maiores clássicos do cinema, Bonequinha de Luxo, que foi lançado em 5 de outubro de 1961. Holly Gollightly é um dos papéis mais famosos de Audrey Hepburn, com direito a uma cena icônica cantando Moon River. Quem poderia esquecer?

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    Mais uma vez cheguei ao filme por inspiração paterna e pela trilha sonora. Meu pai, fã de jazz, amava o tema de Peter Gunn, escrito por Henry Mancini, que assinou a música da produção. Moon River é romântico e lento, mas todas as outras canções, como Loose Caboose, que toca na fenomenal festa no apê de Holly, é puro jazz. De certa forma também foi com Bonequinha de Luxo que me apaixonei por Nova York, onde viria morar tantos anos depois. E o estilo de Audrey Hepburn? Inegável, inesquecível, uma inspiração atemporal.

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    Depois de ter visto o filme tantas vezes, anos depois li a obra que originou Bonequinha de Luxo. São conteúdos “primos”, mas distintos. A Holly do livro, com meros 18 anos, é muito diferente da Holly que vimos. Amo as duas, mas prefiro a do filme, desculpem os puristas.

    No livro, ela não tem a veia cômica adotada pelo diretor Blake Edwards, mesmo que tenha “editado” muitos detalhes (desde a orientação sexual dela e de Fred ao uso de drogas) para garantir uma versão mais aceitável para a moral da época. A “inocência” da narrativa alterada não estragou o resultado.

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    O que datou, e complicou bastante a memória do filme, mais do que a questão da prostituição, são duas questões. Uma delas é a do estupro vulnerável de menores. Na história, Holly se casou aos 14 anos com Doc, um homem 30 anos mais velho, para poder ter uma casa, família e ajudar ao irmão com retardamento.

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    Na época, ainda não era crime adultos se casarem com menores de idade. Hoje (corretamente), ele estaria preso. A maior polêmica de todas, no entanto, está na participação de Mickey Rooney como o Sr. Yunioshi. A caricatura e a maquiagem representam uma visão racista contra asiáticos e completamente inadmissível em tempos atuais. Assim como E o Vento Levou, há pedidos para um disclaimer antes do filme para contextualizar o problema.

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    Bonequinha de luxo
    A atriz Audrey Hepburn e o ator George Peppard na divulgação do filme “Breakfast at Tiffany’s” em 1961 (Donaldson Collection/Getty Images)

    Mas é o charme de Audrey Hepburn, com seus óculos Oliver Goldsmith e os vestidos Givenchy, que lembramos imediatamente. Particularmente tenho duas paixões em Bonequinha de Luxo. O sofá “banheira” da sala de Holly e aquela festa incrível, onde apenas Audrey Hepburn pode ficar elegante com um vestido de lençol.

    Dizem que a sequência levou seis dias para ser finalizada e, para ajudar no clima, reza a lenda que a bebida não era fake. É também nessa festa que Holly conhece o milionário brasileiro com quem mais tarde decide se casar por causa do dinheiro. Dizem que Capote teria se inspirado no falecido milionário carioca Jorginho Guinle para a personagem, será?

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    O autor, Truman Capote, preferia Marilyn Monroe para o papel de Holly, mas não poderia ter sido outra além de Audrey. A atriz chegou a recusar a oferta por não querer interpretar uma garota de programa maluquinha. Ainda bem que reconsiderou. Mary Tyler Moore fracassou na versão do musical da Broadway e Emilia Clarke, de Game of Thrones, foi a última a estrelar a peça nos palcos, em 2013, e foi elogiada.

    Saber que Holly Golightly agora é sessentona me diverte. Sempre cresci sonhando com ela realizando o projeto de se casar e vir morar no Brasil, criando os filhos com o marido milionário. O amor verdadeiro e o gato a impediram de deixar Nova York, mas tudo bem… amo Holly de qualquer forma!

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