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Azulejos estão em extinção? Conheça as tendências de revestimentos

Com uma rica história cultural no Brasil, o revestimento parece cair em desuso, mas seria apenas mais um ciclo de tendências ou deve sair de cena de vez?

Por Julyana Oliveira
21 out 2024, 17h00
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  • Os tradicionais azulejos têm sido menos utilizados na decoração
    A busca por materiais modernos tirou os azulejos dos projetos de arquitetura  (Mariana Orsi/Divulgação)

    Nos últimos anos, os revestimentos de interiores passaram por uma verdadeira revolução, com a introdução de materiais cada vez mais tecnológicos e sofisticados. Com isso, os tradicionais azulejos têm sido menos utilizados em projetos modernos de arquitetura e decoração. Mas será que eles estão realmente em extinção?

    Conversamos com as arquitetas Heidy Briotto e Nathalia Boriola, sócias do Studio B11, e o arquiteto Bruno Reis, sócio de Helena Kallas na Mandril Arquitetura, para entender mais sobre o futuro dos azulejos e os materiais que têm ganhado destaque no mercado.

    Afinal, os azulejos estão realmente em extinção?

    Embora muitas pessoas acreditem que o uso dos azulejos esteja em queda, as arquitetas do Studio B11 são categóricas ao afirmar que não é bem assim.

    “Não acreditamos que os azulejos estejam em extinção, mas, sim, distantes de ser a preferência de uso atualmente. O mercado de revestimentos conta com grande variedade de opções que trazem mais aprimoramentos do que os azulejos possuíam, como durabilidade, praticidade de limpeza e produtos de fácil aplicação”, explica Heidy Briotto. A evolução dos materiais trouxe alternativas mais versáteis e funcionais, mas os azulejos continuam se reinventando, adaptando-se às novas tendências.

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    Azulejos causam saturação visual
    Azulejos não são mais preferência de uso (Annie Spratt/Unsplash)

    Já para Bruno Reis, o desuso dos azulejos pode estar mais relacionado à saturação visual e a uma mudança de estética. “Acho que tudo que é usado repetidamente por um tempo acaba cansando um pouco. Os azulejos, principalmente os decorativos e mais desenhados, tiveram seu auge e cada vez temos usado menos porque os clientes estão cansados e querem outras soluções”, observa. Para ele, a busca por materiais mais naturais, que remetem a texturas e tons da natureza, também contribuiu para essa mudança.

    Novos materiais em cena

    Com o surgimento de novas tecnologias de fabricação, materiais como porcelanatos têm ocupado o espaço que antes era dominado pelos azulejos. Nathalia Boriola destaca que “revestimentos produzidos em larga escala com tecnologias mais eficientes, como impressões HD, maior nível de compactação e baixo nível de absorção de umidade, têm ganhado mais espaço no mercado”. Segundo ela, esses produtos oferecem maior durabilidade e estabilidade, tornando-se a escolha preferida em muitos projetos contemporâneos.

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    Bruno concorda e reforça que a tendência atual está focada em materiais mais rústicos e naturais. “As pedras naturais e os porcelanatos que simulam essas pedras estão sendo preferidos aos azulejos”, afirma o arquiteto. Esses materiais trazem um toque de natureza e autenticidade para os ambientes, de acordo com o espírito do nosso tempo.

    Materiais com durabilidade e estabilidades são os preferidos da população
    Materiais rústicos e naturais tornaram-se a escolha preferida nos projetos contemporâneos (Kirill/Unsplash)

    Onde os azulejos ainda têm relevância?

    Apesar do avanço de outros revestimentos, os azulejos ainda possuem um lugar de destaque, especialmente em ambientes molhados, como cozinhas, lavanderias e banheiros. “É cada vez mais comum ver esses revestimentos empregados também no mobiliário, como em racks, bancos e tampos de mesa, onde ganham protagonismo”, compartilha Heidy. Esses novos usos reforçam o potencial criativo do material, que pode ser customizado e dar um toque único aos projetos.

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    O sócio da Mandril observa que, em decorações mais urbanas, os azulejos ainda podem ser uma boa escolha. “Em alguns banheiros e até mesmo em paredes de cozinha ainda conseguimos emplacar vez ou outra, dependendo da linguagem do projeto”, comenta.

    Os azulejos podem ser utilizados em banheiros e cozinhas
    O material ainda é utilizado em cozinhas, lavanderias e banheiros (Mariana Orsi/Divulgação)

    A tradição e o futuro dos azulejos

    Além das questões estéticas e funcionais, há também o valor cultural dos azulejos. O Brasil tem uma rica história ligada a esse material, desde a época colonial, quando os portugueses trouxeram a técnica de azulejaria pintada à mão.

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    Para Nathalia, alguns artistas contemporâneos continuam a explorar o azulejo como uma forma de arte, como o Coletivo Muda, que desenha murais com grafismos abstratos. “Isso mostra que o azulejo pode ultrapassar gerações sem perder sua relevância”, afirma a arquiteta.

    O azulejo é explorado como forma de arte
    Os azulejos apresentam valor cultural e histórico no Brasil (Mariana Orsi/Divulgação)

    Bruno acredita que, apesar de estarem temporariamente fora dos holofotes, os azulejos voltarão em algum momento. “Acho que em algum momento os azulejos serão revisitados e incluídos novamente nos projetos e na estética como um todo. É uma questão de ciclo… já já ele volta!”, conclui. 

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    Embora os azulejos possam não ser mais a escolha predominante nos projetos modernos, sua capacidade de se reinventar, aliada ao valor histórico e artístico que carrega, garante que eles ainda terão um papel significativo na decoração por muito tempo.

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