Quer comprar um imóvel? Apesar da especulação imobiliária e dos altos preços, acredite, dá para transformar esse sonho em realidade. O primeiro passo é aprender a poupar, criando o hábito de guardar dinheiro e estabelecendo objetivos. De acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor de livros como Ter Dinheiro Não Tem Segredo (Editora DSOP), não existe um percentual mínimo sobre o salário para se poupar. E ressalta: o melhor caminho é cortar gastos. Pesquisas mostram que existe na maioria dos lares brasileiros um excesso de gastos de cerca de 25% em todas as despesas, como energia, telefone, alimentação e vestuário.
Para realizar o sonho da casa própria, deve-se fazer uma boa faxina financeira e planejar. Saiba quanto custa o imóvel desejado e quanto será preciso para comprá-lo à vista ou dar uma boa entrada para reduzir prestações, que não devem ultrapassar 30% do ganho líquido.
Onde aplicar a grana economizada
Há duas boas opções seguras e descomplicadas. Veja só:
Caderneta de poupança: tem vantagens como não ter taxa de administração, ser isenta de imposto de renda e permitir retirada do dinheiro na hora. É possível investir o dindim em qualquer banco, desde que o montante não ultrapasse R$ 250 mil.
Tesouro Direto: são títulos públicos do governo federal que têm sido um dos melhores investimentos nos últimos dez anos. Neste caso, é preciso contratar uma corretora de valores para orientá-la sobre os diferentes títulos.
O que é melhor: consórcio ou financiamento?
Nem um nem outro. O bom mesmo é comprar à vista, guardando o valor que daria em prestações por, aproximadamente, oito anos. Se não puder esperar esse tempo, daí, sim, opte por um financiamento ou consórcio. Mas saiba que ficará mais caro. Financiar por 30 anos, por exemplo, fará com que o imóvel custe até três vezes mais. A vantagem é morar imediatamente. Já no consórcio, o imóvel sai cerca de 40% mais caro do que o valor original. Mas, se não tiver condições de dar um bom lance,
você poderá ser contemplada só depois de muitos anos.
Qual financiamento escolher
Sistema Price: as parcelas da dívida com o banco crescem ao longo do financiamento. Por isso, essa modalidade é indicada para quem está com orçamento apertado e não tem renda para financiar pelos outros sistemas. Só vale se você souber que terá mais grana no futuro.
SAC: no Sistema de Amortizações Constantes, você paga o mesmo valor fixo da dívida. O que muda são os juros, que incidem sobre o saldo devedor. Como ele diminui a cada mês, as parcelas são decrescentes. Bom para quem pode assumir prestações altas no início.
Sacre: no Sistema de Amortização Crescente, as prestações aumentam por um período de tempo e chegam a um ponto de equilíbrio a partir do qual vão sendo reduzidas. As parcelas iniciais são altas, mas há queda de juros. Só é oferecido pela Caixa Econômica.