Para me encontrar no Orkut, procure por BB Modas Roupas e Acessórios
Foto: Reprodução
Imagine um monte de mulheres reunidas na sala de um apartamento beliscando petiscos, conversando, provando roupas e dando palpites sobre o visual das outras. Parece encontro de amigas, né? Mas, no meu caso, é uma forma de ganhar dinheiro. Montei uma butique na sala de casa e ganho R$ 2 mil por mês.
Essa história começou em outubro de 2007, quando eu e meu marido decidimos vender roupas para reforçar a renda. Fomos a São Paulo, escolhemos algumas peças no bairro do Brás e oferecemos para conhecidos. Naquele ano, vendemos as roupas entre outubro e dezembro para aproveitar o Natal. Fizemos a mesma coisa em 2008. No ano passado, decidimos fazer uma experiência e continuar com as vendas depois de dezembro, para ver se os produtos teriam uma boa saída. E tiveram! Desde então, não paramos mais.
>> Orkut e MSN alavancam as vendas
Graças à tecnologia, nossa clientela aumentou. É que a internet é uma grande aliada. Criamos uma página no Orkut para expor os produtos que chegam. Lá também postamos fotos de manequins com as peças. Assim, as meninas comentam, tiram dúvidas sobre tamanho e, claro, fazem pedidos. Também usamos o MSN. Passamos para os amigos e eles indicam para outras pessoas. Cada um que nos adiciona expande essa rede de contatos. Dessa forma, a notícia de que estávamos vendendo roupas se espalhou. Funciona como uma loja informal. Separamos um pedaço da nossa sala e colocamos araras e estantes.
Quando recebo as clientes, meu marido vai para o quarto porque a mulherada se troca na sala mesmo. Até meu filho de 10 anos entra na dança e cede o quarto para quem quer mais privacidade na hora de experimentar as peças. Esse é o único momento de que meu marido não participa. Nós escolhemos juntos todas as roupas que compramos. Ele opina, escolhe modelos… E eu adoro esse toque masculino.
>> Empreendedora
Sei de muita gente que já tentou vender roupas e parou porque levou calote. A gente não tem esse problema porque lidamos com conhecidos. Nossas clientes são fiéis. Assim que chegamos com os produtos, recebemos visitas sedentas por novidades. Parte da estratégia está nos preços. Nada de comprar por R$ 20 e vender por R$ 60: a gente quer que seja barato para que comprem bastante.
Em dezembro do ano passado meu marido perdeu o emprego e as vendas se tornaram ainda mais importantes. Os R$ 2 mil que tiramos por mês ainda não são suficientes para pararmos de trabalhar e vivermos disso. Mas a gente sonha em abrir uma loja de roupas femininas no futuro. Enquanto a hora não chega, organizamos eventos em casa.
Estratégia de negócio
No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, organizamos um chá com uma vendedora de maquiagem e o pessoal de um salão de beleza. Depois da comilança no salão de festas do prédio, subimos para mostrar as roupas da lojinha no apartamento e as clientes puderam fazer maquiagem e arrumar os cabelos. Elas se empolgaram tanto que rolou até desfile. E é assim, de um jeito informal e amistoso, que buscamos cativar as consumidoras.