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Sexo tântrico: 7 dicas para chegar ao êxtase

Sozinha ou acompanhada, aproveite os ensinamentos da técnica para dedicar algumas horas ao seu prazer

Por Ligea Paixão (colaboradora)
Atualizado em 29 nov 2022, 14h00 - Publicado em 30 jul 2021, 20h43

Há quem defenda que o prazer é para ser desfrutado rotineiramente. No entanto, as dúvidas parecem ser sempre as mesmas: como fazer com que o momento de prazer seja mais prolongado ou com que o meu orgasmo seja, de fato, avassalador? O tantra, também conhecido como a filosofia do amor, parece responder facilmente a essas perguntas.

O tantra é uma filosofia comportamental, que não te conecta apenas com a sua mente, mas te leva para o corpo”, explica a terapeuta tântrica, sexóloga e educadora sexual Sol Nalini. “Ele te ensina um modo de vida, a afastar-se da própria mente barulhenta, que barra muitas das nossas sensações.”

“A terapia tântrica é a forma pela qual trabalha-se o espírito, mente e corpo, ensinando-o a como liberar o amor, o que geralmente fazemos através da mente. Para isso, utilizamos técnicas de massagem, bioenergética, psicanálise e meditações.”

Pensando no fato de que as aplicações do tantra podem ser totalmente benéficas para a nossa vida sexual e para essa nossa necessidade de atingir o êxtase, separamos sete dicas da sexóloga para compartilhar com vocês. Confira:

1. Comece preparando o seu corpo

Purificar as energias é essencial para que o momento excitante seja, de fato, prazeroso. Fazer isso é mais fácil do que você imagina e o segredo está em tomar um banho!

“Convidem um ao outro para tomar um banho juntos ou faça isso na própria companhia. Use a experiência de pegar uma bucha vegetal com um sabonete de fragrância agradável e esfregar bem na sua pele ou da sua companhia. Permita que role um clima de tesão, afeto e carinho. Mas, não avance para os finalmentes, esse é exatamente um momento de iniciação”, instrui Sol.

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Além do banho, desabafar um com o outro, tirar da mente as preocupações do dia a dia e compartilhar o que ambos mais gostam na hora H também é algo essencial.

Se alimentar também é ideal para que o corpo esteja disposto para o gasto de energia. “Comam alguma coisa que seja leve e agradável, seja um prato de delivery ou algo preparado manualmente, a ideia é explorar a arte de cozinha”, diz a especialista.

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2. O ambiente determina o seu prazer, então zele por ele!

Você sabia que na Índia as crianças aprendem desde pequenas a ter um quarto exclusivo para o amor? Para nossa cultura ocidental, isso pode até ser incomum, mas não quer dizer que não tenha valor ter um espaço único destinado para o casal entrar em sintonia.

“A cama que nós, ocidentais, usamos para fazer amor, é a mesa cama em que se briga e enterra os mortos. Toda esta sintonia de energia negativa produz uma camada quântica e fica ali acumulada, ou seja, como é que se faz amor em uma cama que não tem energia?”, questiona a terapeuta.” Por este motivo, é importante que o casal também prepare um ambiente.”

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Mas, como eu posso fazer isso? Preciso ter ambiente super mega preparado? A resposta é não. “Sabe aquele lençol em que você dormiu na noite passada, enquanto estava preocupada ou onde se desenrolou aquela briga? Troque-o por um lençol limpo! Experimentem fazer essa troca juntos, criando conexão neste momento também”, aponta Sol.

A expert ainda sugere a climatização do ambiente com uma luz baixa ou um passeio por outros espaços da casa, como a sala, por exemplo.

Fique atenta! O que você escuta neste momento também influencia diretamente na experiência. “Como seria, por exemplo, fazer sexo escutando o Datena falando na televisão?”, brinca a terapeuta. Então, também é interessante trabalhar o sonoro, selecionando aquela música especial.

3. O segredo está em meditar e trabalhar o olhar e o desejo

Era uma vez um terrível clichê de que para meditar você teria que ficar parada e olhando para um ponto fixo. Vamos desconstruir essa ideia?

“Meditação é simplesmente estar no aqui e agora, de corpo, alma e coração, liberando a mente enérgica dos pensamentos”, expõe a especialista. Ou seja, isso significa que você não precisa, necessariamente, sentar-se com a sua companhia em posição de meditação por alguns minutos para estar meditando!

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“Partindo da ideia de que nossos antepassados passavam dias dançando nos bailinhos e desejando uma pessoa, encantando-se apenas pelos olhares, a experiência de meditação pode ser uma dança, por exemplo”, indica a sexóloga.

“Coloquem uma música que vocês gostem de ouvir e dancem, sintam o cheiro da pele do outro, curtam esse momento de sedução, em que não necessariamente precisa haver toque. De repente, com a música e com a dança, você sentirá o seu instinto de volta e perceberá também que sua mente estará liberta dos pensamentos”, aconselha sobre a tática, que pode perfeitamente ser feita sozinha.

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(Imagem/CLAUDIA)

Agora, se você é adepta ao modo clássico de meditação, tente sentar-se de frente do seu parceiro, de forma que os dois estejam de perna cruzadas. Coloquem as mãos no joelho e olhem dentro do olho um do outro, sem trocar palavras, por cerca de cinco minutos.

“Foque nas suas sensações durante este momento e entre na brincadeira de tocar levemente e sem pressa as mãos um do outro, os braços, ombros, colo, pernas. Toque tudo o que tiver vontade, permita-se sentir e fazer cosquinhas, só não avance – ainda – para os genitais! Entregue-se totalmente”, detalha a especialista.

4. Os 5 sentidos são 5 formas diferentes de sentir prazer

O ato de meditar por si só já é uma forma de vocês estimularem dois dos seus cinco sentidos: a visão e o olfato. Se no caso vocês se tocaram durante o momento de reflexão, podem esbanjar e dizer que estimularam três dos sentidos disponíveis ao ser humano. Porém, eles ainda podem ser mais explorados!

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“As preliminares, assim por dizer, acontecem no dia a dia. Mande uma foto provocante para o seu parceiro durante o dia ou provoque-o lembrando de momentos que passaram juntos. Isso despertará as sensações do momento”, aconselha Sol. 

“Quando estiverem juntos, aproveite o clima e se dispam um para o outro. Aproveite a música tocando e o clima de liberdade em que vocês já se introduziram e extrapolem do visual”, diz.

Para quem é fã de incenso, traga o aroma para perto neste momento. O paladar também pode e deve instigado com mistura sabores de frutas cítricas com outras mais doces ou queijos com castanhas, por exemplo.

Agora, se falamos de paladar e tato, aqui as coisas já começam a ficar mais quentes. “Experimente como é beijar com a boca cheia de mel ou como é sentir esta especiaria sendo derramada pelo seu corpo, te lambuzando para depois receber lambidas”, sugere a sexóloga.

“Brinque com a pele, toque com as pontas dos dedos, explorando o corpo um do outro, e veja quais as respostas que cada um dá”, instiga Sol, que já libera a partir deste momento o estimulo dos órgãos genitais e das zonas erógenas. 

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(filadendron/Getty Images)

5. A euforia, neste momento, é a sua inimiga

Sem dúvida, a perfeita aliada do tantra é a calma. Notou que todas as dicas até aqui vieram acompanhadas de termos que se referem a lentidão?

“Temos o costume de achar que o tantra é muito parado, pois nossa mente ocidental está sempre querendo muita informação.  Com isso, às vezes, nós não conseguimos fazer um movimento mais lento, sente-se a necessidade daquela loucura. Quando fazemos tudo muito rápido, nosso sistema neurológico não associa todas as informações e processa o ato como um abuso, uma agressão. Logo, o corpo se fecha, como uma reação de susto, ou nem percebemos que a transa já aconteceu”, alerta Sol Nalini. 

“A gente passa um creme rápido, faz sexo rápido e, consequentemente, goza rápido. Como seria de repente fazer tudo isso devagarinho? Seria um deleite de sensações, com certeza”, afirma.

6. O segredo está na respiração

Quando realmente entende-se a filosofia do tantra, compreende-se que a massagem tântrica é uma técnica que pode ser aprendida e aplicada por qualquer pessoa, desde que respeite dois fundamentos: a lentidão nos movimentos e o bom controle da respiração.

“Tenha a experiência de deixar que o parceiro explore e perceba como é cada pedacinho do seu corpo. Deixe-o brincar com óleo, espalhando-o por todo o corpo de forma lenta e suave, permitindo que ele leve esse óleo para as genitais. Respire, perceba tudo de forma lenta, dê tempo do seu sistema associar cada sensação”, detalha a especialista.

“Durante a penetração, caso haja, trabalhe estes mesmo aspectos. Respirem, mantenham o controle da respiração, tardem a ejaculação, tenham sensibilidade”, aconselha.

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(Reprodução/Giphy)

7. Sozinha eu não consigo? Engano seu!

O prazer é extraordinário não só pelos sentimentos que despertam em nós, mas também pela forma como podemos alcançá-lo. Por esse motivo, engana-se quem acha que só consegue reproduzir as táticas do tantra acompanhada de uma parceria sexual, pois elas podem sim ser realizados individualmente através da masturbação – e há quem diga que é até mais prazeroso!

“Dê a si mesma um banho gostoso, passando a bucha com calma pelo seu corpo e finalize passando calmamente um creme sobre o seu próprio corpo. Prepare ou compre algo que você ame comer e jante consigo mesma, arrumando uma mesa com velas e flores”, diz Sol.

A especialista ainda sugere um óleo aquecido, como o de coco, que é mais gostoso neste inverno. Leve para o quarto, coloque uma música gostosa e espalhe de forma lenta pelo seu corpo com as pontas do dedo, como se estivesse se dando uma massagem.

“Você pode fazer isso até mesmo debaixo da coberta! Compare o seu toque com a sensação de uma rosa passando pelo seu corpo ou use realmente uma rosa, da cor que preferir, e acaricie sua própria pele”, aconselha a especialista.

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(teksomolika/ThinkStock)

“Leve esse óleo para os genitais e permita-se ter a experiência do alto toque. Não se masturbe apenas para gozar, brinque com essa tática e experimente essa carícia. Mais uma vez, o segredo aqui estará na respiração e concentração”, finaliza a sexóloga.

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