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5 linguagens do flerte (e como arrasar em cada uma delas)

Flerte direto, misterioso ou carinhoso: existem inúmeras formas de demonstrar que sentimos desejo por alguém

Por Kalel Adolfo
26 Maio 2023, 11h20
Entenda as linguagens do flerte.
A educadora sexual Claris Leal explica como flertar das maneiras mais ecléticas possíveis.  (Simona Dumitru (Getty)/Reprodução)
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Flertar é uma arte que definitivamente aperfeiçoamos ao longo da vida. Nem sempre é fácil chegar naquela pessoa que temos interesse e demonstrar — de forma direta — aquilo que queremos. A timidez, a insegurança e até mesmo o medo de tomar o famoso ‘não’ podem nos barrar neste quesito. Mas nada de pânico: ninguém precisa chegar com os dois pés na porta comunicando tudo aquilo que se sente. Existem inúmeras linguagens do flerte (e apenas uma delas é diretona).

Basta escolhermos aquela que melhor se adapta à nossa personalidade para não passar nervoso desnecessariamente. Esse momento de troca romântica não precisa ser uma tortura, minha gente.

A seguir, a educadora sexual Claris Leal explica quais são as linguagens do flerte (e como arrasar em cada uma delas):

Flerte direto

Esse é para quem não tem medo do ban: “Eu gosto do diretão, pois se falamos que a comunicação é a base dos relacionamentos, e por onde tudo começa, então que tenhamos uma expressão clara do que queremos, respeitando o outro”, diz. Porém, segundo a educadora sexual, é necessário ter cuidado para não soarmos agressivos, incisivos ou insistentes.

“Esse cuidado precisa acontecer depois da comunicação. Pode ser que a pessoa se assuste ou não tenha o mesmo interesse. Nestes casos, não fique forçando a barra”, aconselha.

Se você se abriu, foi vulnerável e tornou o seu desejo transparente, tem que ter em mente que o desejo do próximo pode não ser o mesmo, e está tudo bem. O importante é jogar limpo, fazer o que o coração mandar e ter certeza daquilo que queria. Se deu certo, ótimo. Se não, bora pra próxima”, afirma.

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Para a educadora, fugir dos joguinhos, da encenação e dos rodeios é uma forma de começar com o pé direito na relação, seja ela casual ou longa: “Com as cartas na mesa, fica mais fácil seguir a dinâmica sem bancar um personagem.”

Flerte carinhoso

Diferente do direto, esse é para aqueles que são mais tímidos e que talvez não consigam falar tão diretamente aquilo que desejam: “É super possível se expressar com os atos. E isso não está restrito a dar flores ou escrever cartinhas. Pequenas coisas do dia a dia, como lembretes, post-its, mensagens fofas e até um meme compartilhado já são formas válidas de demonstrar afeto”, explica.

Mandar memes é o novo enviar flores. E, aí, ao sentir que a pessoa não está correspondendo, é bom parar para não se tornar inconveniente. Quando estamos dando os passos e o outro está se afastando ao invés de se aproximar, é hora de recalcular a rota”, indica.

Troca de irritações

Sabe aquela coisa de ficar irritando o outro apenas para chamar a sua atenção? Para Claris Leal, é importante tomar cuidado com essa forma de flerte. “Isso é algo muito divulgado naquelas comédias românticas dos anos 2000, e nós meninas aprendemos desde cedo na escola que se o menino está interessado, ele vai ficar implicando. E eu tenho um super alerta: não acho que isso seja saudável, pois passamos a mensagem de que um tipo de violência ou irritação representa amor ou interesse”, esclarece.

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Mas, calma, não é que esse flerte seja completamente inadequado. Tudo depende do contexto em que ele acontece: “Uma coisa é já ter um relacionamento e dar aquela implicadinha. Mas ao lidar com alguém que ainda não criamos uma base consolidada de troca, confiança e afeto, fica apenas esse sinal solto de que não gostamos da pessoa. Quando gostamos, o ideal é demonstrar que gosta, não o contrário. Expressar o inverso do que sentimos pode ser até perigoso em momentos futuros da relação”, aconselha.

Flerte físico

tipos de flerte
Flerte físico é muito comum, mas cuidado para não exagerar. (cottonbro studio/Pexels)

Essa é aquela espécie de flerte em que damos uma leve encostada de mãos ou pernas, ou ficamos mais próximos da pessoa. De acordo com a educadora, é normal que, ao gostarmos de alguém, o corpo fale por nós mesmos.

“Nossas mãos acabam gesticulando pertinho do outro, damos uma série de sinais corporais. Tocar no ombro, fazer um carinho e uma mão que encosta representam uma forma tímida, mas válida, de nos aproximarmos. Mas claro: sempre que a pessoa recuar, devemos voltar. Às vezes estamos lidando com alguém muito tímido. Fora que, quando avançamos neste sentido físico, é importante ter a consciência de que devemos sempre respeitar os limites alheios.”

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Flerte misterioso

Por fim, sempre há aquele tipo de flerte bem indireto e misterioso, em que as coisas ficam no ar, criando uma espécie de joguinho instigante com a pessoa que desejamos. Novamente: zero problemas nisso. Porém, Leal afirma que, caso estejamos sendo muito sutis, pode ser que o outro nem ao menos perceba os sinais que estamos dando.

“Aqui estamos falando daquela coisa de trocar olhares, se aproximar e sair. É algo que construímos aos poucos, cada camada é uma peça colocada. Indico pra quem deseja ir com calma ou pretende construir uma certa tensão sexual de quem quer comer pelas beiradas.”

Contudo, Claris reitera: a conquista não acontecerá a curto prazo. “É picante para alguns, pois mexe com algumas fantasias e fica naquele lugar do romance platônico em que nos relacionamos com uma ideia. Para quem tem tempo de investir nos pequenos sinais é extremamente interessante”, conclui.

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