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7 limites que jamais devem ser ultrapassados em relacionamentos amorosos

Individualidade, privacidade e respeito estão entre as características que jamais devem ser violadas em um namoro ou casamento

Por Kalel Adolfo
Atualizado em 24 abr 2023, 17h51 - Publicado em 18 abr 2023, 07h30

Estabelecer limites nos relacionamentos amorosos é essencial para construir vínculos e dinâmicas saudáveis. Contudo, essa não é uma realidade para a maioria dos casais. E entre uma infinidade de motivos que levam a essa transgressão de limites, está a sutileza dos desrespeitos que acabam permeando indevidamente a rotina do casal (ou trisal).

Sabe aquela atitude que, de início, pode não parecer grande coisa, mas com o tempo se transforma numa grande bola de neve? Para não chegar a esse ponto, a psicóloga e sexóloga Bárbara Menêses listou os sete limites que jamais devem ser ultrapassados em uma relação.

“Antes de tudo, precisamos definir o que nos incomoda ou invade. Há coisas que são superficiais. Mas quando o outro ignora as nossas limitações, sofremos. É essencial nutrir um diálogo onde podemos dizer e ouvir ‘não’, afirma. Confira:

1. Falta de confiança: o maior inimigo dos relacionamentos

Por mais que toda desconfiança tenha alguma insegurança como pano de fundo, não devemos desconsiderar os efeitos destrutivos que ela é capaz de provocar nos relacionamentos. “Aqui, estamos falando sobre aquela sensação de se sentir segura com alguém, e vice-versa. Quando não temos isso, vivenciamos uma série de medos que vão ditando os caminhos da relação”, explica Bárbara.

Obviamente, quando fazemos algo que quebra os combinados do casal, o trauma gerado em nós mesmos e no outro desencadeia uma série de bloqueios emocionais. Portanto, a confiança é um dos limites que devem ser sempre respeitados em quaisquer situações: “O combinado não sai caro”, relembra.

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2. Quebrar a própria individualidade

Por mais que os relacionamentos representem uma troca constante, onde recebemos e cedemos constantemente, não devemos abandonar quem somos para nos encaixar em uma dinâmica. E para Bárbara Menêses, muitas pessoas acabam fazendo isso sem ao menos perceber, especialmente em início de relações. “Começamos a namorar e vivenciar aquela paixão, e esquecemos que tínhamos uma vida antes.”

Ela exemplifica: “É aquela coisa: hoje eu não vou na ginástica pra gente ficar junto. Aí eu peço para o outro faltar na aula de inglês para permanecermos juntos. Em um certo ponto passamos a viver a rotina alheia, nos perdendo de nós mesmos”, alerta.

Essa é uma falta de limites absurda que, num primeiro momento, pode parecer algo doce e amável. Porém, após um certo tempo, a história é bem diferente: “A longo prazo, isso nos gera um estrago imenso. O pior de tudo é que tendemos a perceber apenas quando o vínculo acaba. Aí, nos encontramos sem autoestima ou perspectiva do que nos deixava felizes”, aponta.

Para não cair nessa armadilha, não se esqueça de manter a sua rotina individual, incluindo momentos a dois (ou a três) na agenda. “Saudade é saudável”, relembra Menêses.

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3. Controlar o outro

A tentativa de controlar o próximo pode acarretar em crimes como o feminicídio.
A tentativa de controlar o próximo mostra que não confiamos em ninguém; muito menos em nós mesmos. (Malte Mueller (Getty)/Reprodução)

Este ponto está intimamente ligado ao primeiro tópico: “Para eu ter confiança, preciso controlar a vida da pessoa. Isso é tão tóxico quanto abandonar quem somos para nos adaptar. Ditar as escolhas do outro é uma invasão absurda. Infelizmente, o feminicídio está bastante ligado a esse tipo de infração, pois essa espécie de controle pode incluir agressões, humilhações e perseguições motivadas pelo simples fato de alguns indivíduos não saberem ouvir um ‘não’”, declara.

4. Xingar o(a) parceiro(a)

Muitos casais, no calor das discussões, acabam se ofendendo das piores maneiras possíveis. E segundo Bárbara, a maior consequência dessa ‘infração’ de limites é a destruição da autoestima (tanto de quem agride quanto de quem é agredido).

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“É como criar uma ferida na alma. Essas pessoas estão tão destruídas emocionalmente que agem como um animal machucado. Sabe quando vamos fazer um curativo em um cão e, pela dor, ele acaba nos mordendo? Às vezes, estamos tão machucados que cedemos à raiva e  agressividade pensando que não temos alternativa”, esclarece.

5. Invasão de privacidade

Esse é um comportamento extremamente normalizado: invadir a privacidade do próximo. Sabe quando a pessoa vai ao banheiro e, neste meio tempo, corremos para checar as mensagens e redes sociais dela? Admita… Todo mundo já fez isso em algum momento. Todavia, Bárbara avisa: isso é um ato violento.

“Quando eu preciso fiscalizar o que a outra pessoa está fazendo, ter a senha de tudo, estou reafirmando que não confio em mim e, consequentemente, não confio em ninguém”, afirma.

6. Assuntos familiares

“Sabe aquele ditado clássico: ‘Casou comigo, casou com a minha família’? Isso não precisa ser uma verdade absoluta. Contudo, precisamos entender que as pessoas têm uma vida antes do relacionamento”, explica.

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Segundo a especialista, ao não nos darmos bem com a família de nossos parceiros, não somos obrigados a conviver com eles. Porém, jamais devemos privar o próximo de conviver com os parentes através de críticas excessivas.

O melhor caminho é comunicar que estamos nos sentindo desconfortáveis com parentes x ou y, e que preferimos nos manter afastados. Jamais podemos privar o outro do convívio. Quanto menos bombardearmos a pessoa de críticas, melhor”, reforça.

E, claro, o inverso também é válido: da mesma forma que não criticamos a família alheia, também não queremos receber críticas dos parentes. “É importante encontrar esse meio termo, pois quem sofre mais é aquele alguém que acaba ouvindo ofensas dos dois lados”, ressalta.

7. Se forçar a agradar o outro sexualmente

Quando o assunto é sexo ou sexualidade, jamais devemos fazer algo que não gostaríamos. Mas, infelizmente, este é um tópico que está sendo constantemente violado: “O desrespeito começa no início do relacionamento com a negociação da camisinha. Eu peço para o cara usar, e ele me questiona: ‘Ah, você não confia em mim’ ou ‘Tá querendo camisinha pra quê, está saindo com outras pessoas?’. Isso é uma grande bandeira vermelha”, revela.

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Bárbara aponta que muitos têm dificuldade em aceitar que todos têm desejos e limitações, e isso precisa ser debatido constantemente de forma respeitosa. “Se a pessoa com quem estamos compartilha de nossos fetiches, ótimo. Se a pessoa encara o seu desejo como algo incompatível, que ela não gosta nem tem vontade de testar, simplesmente não rola. Neste caso, o ‘não’ precisará prevalecer, pois há coisas que não são negociáveis.”

A profissional alerta que, ao sujeitar o outro a fetiches que ele não se identifica, os marcamos profundamente. “Isso pode acabar tanto com a autoestima alheia quanto com um relacionamento”, avisa.

Ela exemplifica: “Há casais em que uma das partes deseja tentar um ménage. Mas aí, logo após a prática, uma das partes sente que o parceiro sentiu mais prazer com a terceira pessoa. Ou então, como aquilo não foi bem conversado, a história sempre retorna em forma de conflito. ‘Ah, você fez com a pessoa aquilo que não faz comigo’. É o maior rolo. Sendo assim, não existe negociação quando o assunto é sexo”, conclui.

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