Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Assexualidade: o que é e como se relaciona quem não se interessa por sexo

Pesquisa de 2016 indicou que, no Brasil, 7,5% das mulheres e 2,5% dos homens se identificavam como assexuais

Por Ana Luiza Cardoso
28 jun 2022, 10h52

Viver sem necessidade, desejo ou interesse em sexo é realidade de pessoas conhecidas como assexuais. Isso não causa qualquer desconforto ou sofrimento”, pontua a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudo da Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de USP. 

“Não existe um grupo homogêneo sobre esse tema, mas há pessoas que são absolutamente desinteressadas, nunca precisam ou necessitam, e existem aquelas que eventualmente, mas raramente, querem ter um encontro amoroso ou erótico, com ou sem sexo”, disse. 

Segundo a médica, que recentemente lançou o livro Sexo no cotidiano: atração, sedução, encontro, intimidade (Ed. Contexto), no Brasil, 7,5% das mulheres e 2,5% dos homens não têm menor interesse por sexo. Esse foi resultado de pesquisa do ProSex de 2016. 

Ela ressalta que a assexualidade não é uma patologia, e é diferente, por exemplo, da disfunção sexual. “Quando estamos diante de pessoas que não fazem sexo, têm menos interesse e por isso sofrem, nós estamos diante de outro tipo de questão, é uma condição chamada desejo sexual hipoativo”, disse. “Por que é uma disfunção nesse caso, e não no outro? Porque aqui existe desconforto, sofrimento, incômodo”. 

Por outro lado, o assexual encara o sexo como uma atividade sem importância. Ela não sente falta ou busca mudar a sua condição. 

Continua após a publicidade

“Ela não está em nenhum momento da vida dela pensando em mudar isso ou desconfortável, e também nem nós vamos patologizar, porque ela tem libido, mas não está ligada ao sexo”, disse. “Todos nós, para estarmos vivos precisamos de libido, é uma força essencial que nos mantêm acordados, dispostos, na ativa. Você pode projetar essa energia para o sexo, mas também para outras atividades, uma carreira, missão, um projeto de vida”. 

Em casos em que assexuais se relacionam com pessoas que possuem interesse sexual, o importante é chegar a um consenso. A psiquiatra elenca, entre alternativas comuns, abrir a relação para sexo com outros, por exemplo. Há ainda quem opta por abrir mão do sexo totalmente, em comum acordo. 

“O sexualizado se resigna. Não necessariamente ele consegue levar isso avante anos a fio, porém existe uma proposta que ele faz naquele momento”, disse. “Há ainda casos onde tem sexo na medida de possibilidade de ambos, mas é claro que a frequência vai ser determinada mais pelo assexual do que pelo outro”.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

O mundo está mudando. O tempo todo.
Acompanhe por CLAUDIA e tenha acesso digital a todos os títulos Abril.

Acompanhe por CLAUDIA.

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de R$ 12,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.