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Uma em cada cinco mulheres já foi vítima de violência doméstica no Brasil

E as brasileiras estão se sentindo cada vez mais desrespeitadas e desprotegidas, segundo uma recente pesquisa.

Por Priscila Doneda
Atualizado em 11 abr 2024, 19h12 - Publicado em 18 ago 2015, 11h50
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  • Entre 24 de junho e 7 de julho deste ano, o DataSenado ouviu 1102 brasileiras para a sexta edição da série histórica sobre violência doméstica e familiar contra a mulher, pesquisa que é realizada a cada dois anos desde 2005. Um dos principais destaques desta última análise é que 43% das entrevistadas afirmaram que as mulheres não são tratadas com respeito no Brasil, o que constata certo aumento na impressão de desrespeito à mulher e registro de violência psicológica (em 2013, esse número era de apenas 35%).

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    Sem descartar o tom pessimista desta conclusão, a opinião geral das mulheres é de que a violência doméstica está, sim, aumentando – 63% dividem essa opinião, enquanto 23% acreditam que a estatística continua igual e 13% defendem que os casos diminuíram. Dessa maneira, o crescimento da percepção do desrespeito também ganha espaço. Apenas 5% das entrevistadas acreditam que as mulheres são respeitadas no Brasil (em 2013, eram 10%), enquanto há quem debata sobre a ocorrência deste item, opinando em quais meios o desrespeito é mais praticado: na sociedade (57%), na família (23%) ou no trabalho (18%).

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    Por outro lado, a proporção das mulheres que declaram já ter sofrido agressão permanece a mesma, cerca de 18% do total. Entre esse grupo, as que têm menor nível de instrução costumam ser as mais atingidas: cerca de 27% das mulheres que possuem somente o Ensino Fundamental já foram vítimas, enquanto o número cai para 18% e 12% quando concluídos o Ensino Médio e o Ensino Superior, respectivamente. Outro ponto a ser observado é que a violência física ainda é a mais comum, atingindo 66% das vítimas, enquanto 48% sofreram violência psicológica e 11% passaram por abusos e violências sexuais.

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    Maridos, companheiros, namorados e ex continuam sendo apontados como os principais agressores. Entre as principais causas, ciúmes e bebida são as mais apontadas. Revela-se também que 73% das vítimas de violência doméstica tiveram como opressor uma pessoa do sexo oposto sem laços consanguíneos, escolhida por elas mesmas para conviver intimamente.

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    Questionadas sobre a Lei Maria da Penha, praticamente 100% das entrevistadas responderam que sabem de sua existência. No entanto, em relação aos anos anteriores, a quantidade de mulheres que acreditam em uma possível melhoria da proteção ao gênero por conta dela foi reduzida. Atualmente, apenas 56% se dizem protegidas, enquanto 66% afirmavam o mesmo em 2013. A pesquisa revela também que, quanto maior a escolaridade, mais a mulher se sente protegida com a medida.

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    Outro dado desafiador é o de que uma em cada cinco mulheres não procurou ajuda depois de sofrer uma agressão. Entre os principais motivos, estão a preocupação com a criação dos filhos, medo de vingança do opressor, crença de que aquela foi a última vez, certeza da impunidade ou mesmo vergonha do acontecido. Entre aquelas que defendem a denúncia, 20% buscaram socorro na família, 17% foram às delegacias comuns e 11% procuraram delegacias da mulher. De maneira geral, 97% das pessoas entrevistadas acreditam que a violência doméstica deve ser denunciada, mesmo contra a vontade da vítima.

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