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Pesquisa mostra que igualdade entre os sexos ajudou homem das cavernas a sobreviver

Por Ione Aguiar (colaboradora)
Atualizado em 11 abr 2024, 20h01 - Publicado em 29 jun 2015, 09h05
Reprodução / Os Flinstones (/)
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Quando pensamos em um casal do tempo das cavernas, logo vem à cabeça o clichê do brutamontes com uma clava na mão, arrastando a mulher pelos cabelos.

Mas este clichê pode estar equivocado. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da University College London, existe alta probabilidade de que nossas primeiras sociedades tenham sido regidas por princípios de igualdade de gênero, e de que isso tenha representado uma grande vantagem de sobrevivência.

De acordo com Mark Dyble, pesquisador-chefe do estudo, a diferença de gênero começou a partir da sedentarização das sociedades. “Podemos dizer que apenas com o surgimento da agricultura, quando as pessoas começaram a acumular recursos, a desigualdade emergiu”, disse o antropólogo inglês ao Guardian.

O estudo, divulgado na Science, partiu de dados genealógicos de duas populações contemporâneas de caçadores-coletores, uma no Congo e uma nas Filipinas, obtidas por meio de centenas de entrevistas.

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Nos dois casos, as pessoas são monogâmicas e tendem a viver em grupos de cerca de vinte pessoas, mudando-se a cada dez dias, e subsistindo de caça, pesca e colheita de frutas, verduras e mel. Homens e mulheres se dividem no cuidado das crianças, e ambos contribuem com a mesma quantidade de calorias, em média.

Os dados coletados foram sistematizados e confirmados com um modelo matemático usado para simular a formação de redes de pessoas.

“Quando apenas os homens decidem quem irá viver junto com eles, o núcleo da comunidade se torna uma rede de homens próximos, como irmãos, por exemplo, com suas esposas em posições periféricas”, disse Dyble. “Já se homens e mulheres decidem igualmente, você não tem grupos de quatro ou cinco irmãos vivendo junto”.

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Em resumo: quando mulheres estão em pé de igualdade com os homens, as as redes tendem a ser mais amplas e mais colaborativas, com mais indivíduos sem quaisquer laços genéticos entre eles.

A igualdade, disse Dyble, foi uma vantagem evolutiva para as primeiras sociedades. Isso porque ela proporciona maior variabilidade de parceiros para se escolher, com menos possibilidade de consanguinidade. Além disso, com maior abertura para pessoas sem laços sanguíneos, aumenta a possibilidade de trocas culturais e tecnológicas que podem ajudar na sobrevivência.

Matéria publicada em Brasilpost.com

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