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Como escapar das saias justas em confraternizações de final de ano

Por Gabriela Abreu (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 16h31 - Publicado em 21 dez 2015, 09h25
Getty Images
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Minha cunhada pediu que, no Natal, eu dê dinheiro para os meus sobrinhos. Isso passa uma mensagem materialista, sou contra. Posso ignorar o pedido?

Em situações festivas, é comum que os pais queiram dar dicas aos parentes sobre presentes que agradem aos filhos. Não deixa de ser uma forma de facilitar a vida, não é? No entanto, essa proximidade que, por um lado, permite a sugestão, por outro, autoriza sua recusa em acatá-la. “A mensagem do presente depende do modo como ele é dado, mesmo que seja dinheiro: se você transmite afeto e vontade de vê-los felizes, não há materialismo”, ressalta Ana Paula Passos, professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Uma opção é acrescentar um docinho que você sabe que eles adoram, por exemplo. “É interessante investir um tempo de conversa para se aproximar dos desejos deles”, sugere Márcia Regis, coordenadora da educação infantil do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo. E que tal saírem juntos e deixá-los à vontade para escolher o mimo?

 

Minha mãe, que mora em outra cidade, sempre me criticou muito. Quando reclamo, ela diz que sou sensível. Alugamos juntas uma casa para as férias e já estou tensa.

 

“Talvez ela se preocupe demais com sua vida adulta e queira, nos moldes dela, orientá-la”, diz Camila Teodoro, psicóloga clínica de Santo André (SP). O encontro familiar pode ser uma boa oportunidade para mostrar a ela quais caminhos e valores você segue e pedir que suas escolhas sejam respeitadas. “Se a resposta for uma nova crítica, mostre quanto ela repete esse padrão de comportamento e como isso é dolorido”, frisa Paola Biasoli Alves, professora de psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso. “O fato de vê-la como alguém sensível não lhe dá o direito de seguir trazendo mal-estar à filha.” Pelo contrário: sua mãe pode (e deve) tentar se controlar. A você cabe dialogar e impor limites.

Nunca sei como me comportar na comemoração de fim de ano do trabalho. Posso beber e dançar? Devo falar de negócios?

Tenha em mente que uma festa de trabalho não é uma balada qualquer. “Nada justifica beber além da conta”, opina a consultora de etiqueta Claudia Matarazzo, de São Paulo. Procure se divertir, sim, inclusive dançando – com moderação. Quanto a falar de negócios, evite, já que é uma ocasião festiva. “Também é desagradável abordar a crise econômica. Mostre que tem alto-astral e leveza”, sugere Maria Aparecida Araújo, professora de etiqueta empresarial da Executive Manners Consulting, no Rio de Janeiro. “Aproveite para entrosar-se com colegas de outros setores”, acrescenta. Essa é uma boa chance de fazer networking.

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No amigo secreto da empresa, tirei um colega com quem já saí e tive uma relação que não acabou bem. Todos souberam. Melhor trocar com alguém?

 
 

“Não troque. Senão você estará assumindo que não sabe separar as coisas”, indica Janaina Manfredini, coaching executivo e sócia da Effecta Coaching, em Blumenau (SC). “Encare como uma chance para encerrar o mal-estar de uma vez por todas.” No evento, procure agir com a maior naturalidade possível. Tente enxergar o profissional, e não o ex. Ao revelar o amigo secreto, não faça a menor alusão ao que aconteceu. “Vai ser bom os chefes observarem sua maturidade”, ressalta Sueli Aparecida
Milare, professora de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP).

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Minha ex-sogra me chamou para o almoço de Natal. Não quero causar constrangimento ao meu namorado nem à namorada do meu ex, mas gostaria de ir.

 

É comum pensar que depois de uma separação os parceiros e suas famílias não devem manter a amizade. “Laços de carinho podem continuar a existir”, pontua Carla Regina Françoia, professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. E essa é justamente a época em que gostamos de demonstrá-los. “Se não há nada mal resolvido e existe cordialidade, vá, desde que seja consenso entre você e seu ex”, sugere a terapeuta de casal Marina Vasconcellos, de São Paulo. “Se achar que ele vai ficar sem jeito, combine de dar só uma passada ou ir mais cedo.”

 

A metros da minha casa de praia, haverá uma rave no Réveillon. Eu e meus vizinhos podemos impedi- -los de tirar nossa paz?

 

“As regras de vizinhança existem no Código Civil, mas há variações em cada cidade”, explica Gustavo Kloh, professor de direito da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro. A prefeitura do município pode informá-la sobre os órgãos que precisa consultar para verificar se as licenças para a festa foram concedidas. Caso a documentação não esteja completa, o evento é clandestino e você pode denunciá-lo às autoridades locais. “Ainda que constate que todas as obrigações legais estão sendo cumpridas, a Polícia Militar poderá ser acionada no dia para averiguação de situações que extrapolem o razoável”, lembra Maria Fernanda Assef Minatti, advogada da Vieira Ceneviva Sociedade de Advogados, em Brasília. Faça isso se achar que o som está alto demais, por exemplo. 

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