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Alternativa única

"Podemos treinar nossa mente para evitar a armadilha do pessimismo", diz Cynthia de Almeida, nossa colunista de carreira, citando os ensinamentos de poderosa executiva americana

Por Cynthia de Almeida
Atualizado em 31 out 2016, 11h31 - Publicado em 13 set 2016, 14h12
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  • “Não vou dizer a vocês o que aprendi na vida, mas tentar ensinar o que aprendi com a morte.” Assim, a executiva Sheryl Sandberg, chefe operacional do Facebook e autora do livro Faça Acontecer, best-seller do feminismo corporativo, começou seu discurso para os formandos da Universidade de Berkeley, na Califórnia, em maio passado.

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    Pela primeira vez desde a morte repentina do marido, Dave Goldberg, um ano antes, Sheryl falava em público sobre a tragédia pessoal. “A morte de Dave mudou minha vida em aspectos profundos. Aprendi sobre a intensidade da dor e a brutalidade da perda. Mas também entendi que, quando a vida nos joga para baixo, podemos tocar o fundo, subir à superfície e respirar de novo. Diante do vazio da morte ou de outro desafio devastador, podemos optar pela alegria. Espero que vocês possam aprender na vida as lições que só aprendi com a morte. Lições de esperança e força e sobre uma luz em nós que não será extinta.”

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    O que Sheryl resumiu em seu discurso é o tema de seu novo livro, também dirigido às mulheres e à superação de obstáculos na carreira, que deve ser lançado ainda neste ano e tem o título provisório de Option B (ou “plano B”). Não se trata daquela saída de que se tem falado, que nos estimula a cultivar, a partir de certo ponto da trajetória profissional, uma opção mais leve e favorável. A executiva refere-se à alternativa a que recorremos quando a primeira, melhor e mais desejada, não está mais disponível. 

    Sheryl não visa compartilhar uma receita para enfrentar adversidades, mas jogar luz sobre o que virá em seguida. “Os dias fáceis serão fáceis”, disse aos formandos. “Os dias ruins é que os desafiarão e vão determinar quem são. Vocês não serão definidos por suas realizações, mas por como sobreviverão aos eventos negativos.”

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    Seu maior ensinamento é a mudança de olhar e atitude sobre as inevitáveis perdas e decepções. Não nascemos resilientes, mas podemos treinar nossa mente para evitar a armadilha do pessimismo. Sheryl recorre à teoria do psicólogo Martin Seligman, cujos estudos mostram que as pessoas que conseguem dar a volta por cima são as que superam o que ele define como os três Ps:

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    1. Personalização
    A tentação de achar que é sempre sua culpa. Assuma a responsabilidade sobre seus atos, mas entenda que nem tudo é sobre você. Aceite os erros sem ser abatida por eles.

    2. Pervasiveness
    A palavra em inglês pode ser compreendida como “prevalência” ou “contaminação”. A ideia é não deixar que algo negativo contamine a vida toda. Mesmo diante dos piores obstáculos pessoais podemos ter alegria em alguma esfera. Sheryl conta que, ao voltar ao trabalho, dez dias após a morte do marido, conseguiu por alguns segundos ter sua atenção captada por uma reunião e desviada da dor. “Aqueles segundos abriram uma janela. Eu me apeguei a eles e me apoiei neles.”

    3. Permanência
    A crença de que o que está acontecendo conosco vai durar para sempre – e de que os dias ruins não acabarão nunca mais. “Sentimos tristeza e depois ficamos tristes por estar tristes.” A sabedoria está em aceitar o sofrimento apenas daquele momento. E basta. Ter consciência de que nada será permanente nos leva a aproveitar todos os minutos da vida. E ser grata por todos eles.

    Cynthia de Almeida é colunista de CLAUDIA e escreve aqui no site toda terça-feira. Para falar com ela, clique aqui!

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