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Vacina contra a dengue: eficácia, como funciona e quem deve tomar

Aconteceram mais de dois milhões de casos e 974 mortes por dengue no mundo até junho de 2023

Por Lorraine Moreira
1 fev 2024, 10h29
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  • A vacina contra a dengue será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro. A medida foi tomada pelo Ministério da Saúde, possibilitando ao Brasil se tornar o primeiro país a incorporar o imunizante no sistema público. Crianças e adolescentes de 10 a 14 anos moradoras de regiões prioritárias receberão a imunização.

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    Os casos de dengue no Brasil aumentaram 15,8% em 2023 em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. As ocorrências passaram de 1,3 milhão em 2022 para 1,6 milhão em 2023.

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    “O ano de 2023 foi realmente diferente. Tivemos essas mudanças ocasionadas pelo fenômeno do El Niño. E, depois de muito tempo, encontramos os quatro sorotipos (1, 2, 3 e 4) circulando ao mesmo tempo no Brasil, uma situação bem incomum”, informa a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

    Para reduzir o número de casos, o órgão público destinou R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses. Além disso, inaugurou a Sala Nacional de Arboviroses (SNA), espaço para o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e Zika para preparar o Brasil em uma eventual alta de casos dessas doenças nos próximos meses.

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    A vacina, conhecida como Qdenga, também é uma medida para diminuir os casos. A seguir, você encontra todas as informações sobre o imunizante.

    Como funciona a vacina contra a dengue?

    A Qdenga é uma vacina composta por quatro versões enfraquecidas dos sorotipos do vírus causador da dengue.

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    Com a injeção, os vírus atenuados são descobertos pelo sistema imunológico, que identifica os sorotipos como estranhos e passa a produzir anticorpos contra eles.

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    Assim, quando a pessoa for exposta ao vírus não enfraquecido, o sistema imunológico será capaz de reconhecê-lo e produzir anticorpos para eliminar o agente infeccioso antes que ele cause a dengue.

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    Vacina em criança em adolescente
    Vacina contra dengue será disponibilizada no SUS em fevereiro (CDC/Pexels)

    Qual é a eficácia da vacina Qdenga?

    A Qdenga tem uma eficácia de 69,8% contra o DENV-1, 95,1% contra o DENV-2 e DENV-3 contra o 48,9%. Nos casos de hospitalização por dengue confirmada laboratorialmente, a eficácia foi de 84,1%, com estimativas semelhantes entre soropositivos (85,9%) e soronegativos (79,3%).

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    O DENV-4 não pôde ser avaliado porque havia poucos casos de dengue causados por esse sorotipo. Para a imunização, é preciso duas doses.

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    Quem já teve dengue pode tomar a vacina?

    Pessoas que tiveram dengue também precisam se vacinar para evitar novas infecções e, em caso de contágio, ter sintomas mais leves. Nesse público, inclusive, a resposta esperada ao imunizante é melhor.

    A recomendação para quem foi infectado recentemente, porém, é aguardar seis meses para tomar a vacina. Se a infecção acontecer no intervalo entre as duas doses, é preciso manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.

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    Quais são as contraindicações?

    Gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência não devem tomar a vacina.

    Como foram feitos os estudos para a vacina?

    A pesquisa para o desenvolvimento do imunizante foi feita com mais de 20 mil crianças e adolescentes saudáveis de 4 a 16 anos que moravam em países endêmicos.

    Por que as 521 cidades e só crianças e adolescentes receberão a vacina?

    O Ministério da Saúde afirmou que a vacina não será distribuída em larga escala porque o fabricante, Takeda Pharma, não tem capacidade para a produção nessa escala.

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    A escolha por crianças e adolescentes que moram em regiões endêmicas, assim, foi uma estratégia para a diminuição dos casos em lugares de maior incidência.

    Em nota, a pasta afirmou: “A Comissão considerou estratégico ofertar o imunizante, ainda que haja limitação na capacidade de entrega por parte da fabricante. Considerando a quantidade insuficiente de doses para atender a demanda do país, a estratégia de vacinação será discutida nos Comitês Técnicos Assessores de Imunização e Arboviroses”.

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