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9 erros que você comete com absorventes e protetores de calcinha

E, de bônus, o erro mais comum quando se usa coletor menstrual

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 20 jan 2020, 10h59 - Publicado em 4 jul 2017, 22h53
Absorventes
O uso de absorventes e protetores diariamente pode ser prejudicial à saúde íntima. (matka_Wariatka/ThinkStock)
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Não tem como escapar: pelo menos nos primeiros anos de menstruação, ali pela adolescência, toda mulher precisa usar algum tipo de absorvente nos dias de fluxo. É bem possível que você tenha começado pelo absorvente externo, como a maioria das brasileiras.

Com o passar dos anos, cada mulher toma suas decisões. Algumas optam pelos absorventes internos, outras continuam com os externos e, de uns tempos para cá, várias aderem aos coletores menstruais. Há, ainda, as que saiam dessa discussão porque preferem usar métodos anticoncepcionais que suspendam a menstruação e pronto.

No meio disso tudo entram também os protetores de calcinha, que muitas mulheres usam sem saber muito bem por quê.

Leia também: Conheça a calcinha que dispensa o uso de absorventes

Mas, segundo os ginecologistas, cometemos alguns erros no uso de protetores, absorventes e coletores menstruais. São erros muitas vezes bobos e que podem ter consequências sérias na nossa saúde.

Para entender melhor quais são esses erros, conversamos com as ginecologistas Flávia Purcino (voluntária do Instituto Horas da Vida), Fabiane Berta e Maria Luisa Mendes Nazar (do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos) e aqui está tudo que elas ensinaram.

 

1. Usar protetor de calcinha diariamente

Apesar de ser considerado um “protetor diário” por muitas mulheres, ele deve ser restrito aos dias em que há um pequeno fluxo menstrual (no comecinho ou no final da menstruação) ou para situações específicas, como durante o tratamento com algum creme vaginal que possa sujar a calcinha. O uso diário de protetor impede uma boa ventilação, aumenta a temperatura local, causa perturbações na flora vaginal e alteração do pH local, o que favorece a proliferação de fungos e bactérias.

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Se você usa protetores para se sentir mais “fresquinha” ao longo do dia, o melhor é levar uma calcinha para trocar durante o dia – e não usar mais o protetor. Agora, se você gosta dele porque acha que tem uma secreção vaginal grande ou anormal, é necessário passar por uma consulta ginecológica e checar se isso não é algum corrimento que precise ser tratado.

Close up on woman holding white sanitary pad in hand
(djedzura/ThinkStock)

 

2. Usar protetor de calcinha com aroma para “disfarçar” o odor vaginal

“Se a mulher está com odor vaginal ruim, isso não é normal”, afirma Flávia. “Pode ser desde má higiene até alguma infecção vaginal que precisa ser tratada”.

Se a mulher não tiver doença nenhuma, o protetor com aroma pode causar alergias e aí sim aumentar o fluxo de secreção vaginal – ou seja, pode criar um problema onde só se queria uma solução perfumadinha.

Acredite, miga: vagina saudável não tem cheiro ruim. É apenas cheiro de… vagina.

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3. Demorar para trocar o absorvente externo

Quando se opta pelo absorvente externo, o recomendado é que ele seja trocado a cada três horas, aproximadamente. Ficar mais tempo que isso em contato com a pele é altamente negativo. “Esses absorventes podem conter agentes químicos e irritativos para a mucosa vaginal, que estimulam a proliferação de bactérias e fungos, desencadeando corrimentos, prurido, vermelhidão e inchaço”, explica Fabiane.

Sanitary napkins (sanitary towel, sanitary pad, menstrual pad)
(sasimoto/ThinkStock)

 

4. Usar sempre o absorvente externo com cobertura seca

A cobertura seca é maravilhosa para absorver rapidamente o fluxo menstrual, mas, segundo Flávia, “é uma das principais causas de coceira, irritação e sensação de queimação na vulva durante e após o uso do absorvente”. Ela diz que esses sintomas podem ser de dermatite de contato irritativa ou alérgica.

É mais indicado usar o absorvente externo de cobertura suave, ou pelo menos revezá-lo com o de cobertura seca.

 

5. Não trocar o absorvente interno a cada três horas (no máximo)

A regra de troca do absorvente interno é mais rigorosa que a do externo. Maria Luisa é categórica: “Eles devem ser rigorosamente trocados no máximo depois de três horas de serem colocados, pois se as bactérias se proliferarem dentro de uma cavidade interna como a vagina o resultado pode ser a Síndrome do Choque Tóxico, um choque séptico”.

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Choque séptico, só para esclarecer, é infecção generalizada e pode ser muito grave. Não é terrorismo, é cuidado com a sua saúde. 9 erros que você comete com absorventes e protetores de calcinha

Menstrual cup
(gregory_lee/ThinkStock)

 

6. Tentar retirar o absorvente interno com pinça ou algum outro instrumento

Pode acontecer de a cordinha do absorvente interno arrebentar e ele ficar preso lá dentro. Nessa situação, o correto é tentar tirá-lo com os próprios dedos (dica: agachada ou em pé com uma das pernas sobre o vaso sanitário fica mais fácil) ou, se não conseguir, correr até um pronto-socorro para resolver o problema rapidamente.

O erro ocorre quando, no desespero, a mulher tenta puxar o bendito do absorvente com pinça ou fazendo um “gancho” com objetos pontiagudos. Miga, pelamor, não faça isso! O risco de você se machucar é enorme, e daí a visita ao pronto-socorro será para tratar essas lesões.

 

7. Ter relações sexuais usando absorvente interno

As ginecologistas contam que muitas mulheres usam absorvente interno para conter o fluxo e ter relação sexual não sangrenta durante a menstruação. Se for para transar com um homem, isso é um erro grave em diferentes níveis.

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Primeiro, aumenta o risco de infecção, pois um mesmo lugar abafado abriga absorvente, sangue, pênis e sêmen. Segundo, o impacto do absorvente durante a penetração pode causar lesões sérias no fundo da vagina.

Do ponto de vista da saúde, não há problema algum em transar durante a menstruação. Mas, se você e o boy não gostarem, segurem a onda e esperem uns dias até o fluxo acabar. Vai ser até melhor, por causa da espera. 9 erros que você comete com absorventes e protetores de calcinha

 

 

8. Não seguir regras de higiene ao tirar e lavar o coletor menstrual

Os copinhos são incríveis tanto para quem não quer gerar ainda mais lixo quanto para quem tem tem alergia aos materiais dos absorventes. Mas é preciso ter bastante cuidado com a higiene.

O maior erro é não lavar as mãos ANTES de tirar o coletor para a lavagem. Isso pode levar bactérias para a região interna e causar infecções graves. Também é comum passar ~só uma águinha~ nele e reinseri-lo. Errado: ele deve ser lavado com água e sabonete neutro a cada quatro horas, no máximo.

Menstrual cup
(gregory_lee/ThinkStock)
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9. Deixar os absorventes soltos na bolsa

A não ser que os absorventes sejam embalado individualmente, nada de jogá-los na bolsa de qualquer jeito na pressa de sair de casa. Nesses casos, eles devem ser colocados dentro de um saco plástico limpo e usado exclusivamente para eles, para que não haja contato com dinheiro, escova de cabelos e outros objetos que possam estar sujos. Afinal, tudo que encostar no absorvente poderá entrar em seu corpo.

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