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Com recorde de mortes, Brasil ultrapassa EUA em mortes diárias por Covid

O país enfrenta o pior momento da pandemia e registrou nesta terça-feira 1954 óbitos

Por Da Redação
10 mar 2021, 14h10
Luvas e máscara
Brasil enfrenta o pior momento desde o início da pandemia. ((Foto: Alexandra)/Pixabay)
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Nesta terça-feira (9), o Brasil atingiu mais uma marca histórica. Após registar a morte de 1.954 brasileiros, o maior número de mortes em 24h desde o início da pandemia, o país ultrapassou os Estados Unidos em número de óbitos diários. O país norte-americano registrou na data 1.947 mortes, segundo dados do “Our World in Data”, da Universidade de Oxford.

De acordo com o levantamento, esta não é a primeira vez que isto acontece. Esta realidade vem se repetindo nos últimos cinco dias.

Desde o início da pandemia, Estados Unidos e Brasil são os dois países que mais registraram mortes por Covid-19 em todo o globo, sendo 527.699 estadunidenses e 268.568 brasileiros que somam aos mais de 2,5 milhões de óbitos em todo o mundo.

A diferença entre os dois países é de que o americanos estão em uma vacinação em massa, enquanto o Brasil enfrenta o pior momento da pandemia e dificuldades na vacinação da população, ocasionada por falta de vacinas, insumos e organização. No total, apenas 4,1% das população brasileira recebeu ao menos uma dose do imunizante.

Airton Stein, epidemiologista e professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), afirmou que a pandemia foi refletida de forma mais grotesca em países com mais desigualdade, como o Brasil.

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“É uma situação muito complexa, mas isso ficou mais exposto nos países onde tem falta de estrutura de bem-estar social – não apenas sistema de saúde, mas de apoio para aquelas populações vulneráveis e, principalmente, com um número muito grande de vulneráveis”, disse.

“A epidemia deixou mais em evidência essa interação social com a saúde. As pessoas estão mais expostas a circularem por terem trabalhos em que precisam circular e, também, por não terem acesso a serviços de saúde adequados”, afirmou Stein.

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