Colesterol: nem sempre ele é do mal!
Embora o colesterol seja mal visto, ele é fundamental para a sua saúde. Entenda quando ele faz bem e quando ele prejudica
Frutas, azeite, cereais integrais e exercício físico ajudam a diminuir o mau colesterol
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O colesterol não merece toda a má fama que carrega. Se você tem preconceito contra o infeliz, saiba que ele é fundamental. Tente imaginar nossas células como casas. Esse tipo de gordura faz um papel semelhante ao de portas, permitindo a entrada e a saída de substâncias vitais. Também é importante para a produção de hormônios, conta o cardiologista Francisco Fonseca, da Universidade Federal de São Paulo. O problema é o excesso, que traz riscos para o coração.
Mexa-se!
Não importa se é uma caminhada ou a malhação na academia, os exercícios sempre ajudam a equilibrar o colesterol. Quando nos exercitamos, o corpo elimina mais gorduras e, portanto, sobra menos para ficar depositada nos vasos sanguíneos. Andar por 1 hora, 5 vezes por semana, reduz em 20% o risco de ter problemas no coração.
Dieta do Mediterrâneo
Ela é a queridinha dos cardiologistas! Nesse cardápio há maior oferta de alimentos que fornecem nutrientes que protegem o coração, caso dos cereais integrais, que contêm fibras, e do azeite, que é rico em gorduras boas, opina Fonseca. Há ainda as frutas, hortaliças e peixes. Mas atenção: mesmo esses ingredientes devem ser consumidos com moderação, porque, em excesso, podem engordar. Para o azeite, por exemplo, o ideal é consumir até 2 colheres de sopa por dia, que têm 90 calorias cada.
Os campeões de gordura ruim
O consumo diário de colesterol deve ser de até 300 mg. Por isso, preste muita atenção ao que você come!
1 bife grande de fígado grelhado………………………. 601 mg
1 ovo grande de galinha cozido………………………… 198 mg
1 pires de camarão refogado…………………………….. 195 mg
5 unidades de coração de galinha……………………… 140 mg
1 unidade de bisteca suína frita…………………………. 126 mg
Mocinho e bandido
Para circular pelos vasos sanguíneos, o colesterol precisa pegar carona em certos carros: o LDL e o HDL. O primeiro, também conhecido como colesterol ruim, não é tão eficiente no transporte, às vezes dá bobeira e deixa parte de sua carga gordurosa grudada nas artérias. Já o HDL, o colesterol do bem, carrega tudo o que ficou para trás, fazendo a faxina e evitando acúmulos pelo caminho. Existem casos em que é necessária uma mãozinha para reduzir as taxas de colesterol. Entram em cena as estatinas, medicamentos que controlam a produção dessa gordura no nosso organismo, lá no fígado. Ufa!